Presidente da cadeia produtiva do cacau envia propostas ao secretário de desenvolvimento rural para solucionar endividamento
Produtores de Ilhéus, na Bahia, buscam alternativas para solucionar o problema

Foto: Reprodução
O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau e Sistemas Agroflorestais, Milton Andrade Júnior, enviou um ofício, ontem (23), direcionado ao secretário de inovação, desenvolvimento rural e irrigação do mapa, Fernando Silveira Camargo, com três propostas para solucionar o problema de endividamento dos produtores de cacau de Ilhéus, no sul da Bahia.
No documento, Milton Andrade detalha que o principal motivo do endividamento são em decorrência das práticas criminosas chamada "Vassoura-de-Bruxa", que dizimou 2/3 da produção de cacau no Estado, segundo ele.
As propostas enviadas foram:
1. Anulação dos débitos dos produtores de cacau, em função do crime da "Vassoura-de-Bruxa" e os erros comprovados de orientação técnica da
Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac);
2. O rebate de 95% das dívidas oriundas de todos os contratos das dívidas do cacau e pagamento dos 5% remanescentes no prazo de 120 meses com juros anuais de 2%;
3. O rebate de 95% das dívidas até R$ 1 milhão. Para as dívidas entre R$ 1,1 milhão ou R$ 2 milhões, rebate de 90%. Para dívidas acima de R$ 2 milhões, rebate de 85%. Sendo que nos três casos o saldo final deve ser pago em até 120 meses, com juros de 2% ao ano.
Ainda no ofício, o presidente da cadeia produtiva do cacau frisa a importância da abertura de crédito para os produtores, pois só utilizar apenas uma das propostas não irá solucionar o problema. "Há mais de 20 anos não se investe, por exemplo, em novas tecnologias, fertilizantes e práticas agrícolas apropriadas, por absoluta falta de crédito para a lavoura", destacou no texto.


