Preso suspeito de arremessar companheira do 10º andar de prédio recebeu R$ 12 milhões de produtora do filme de Bolsonaro
Empresa de Alex Bispo, a Favela Conectada, firmou contrato com produtora executiva para realizar manutenção de Wi-Fi em comunidades de baixa renda em São Paulo

Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Alex Leandro Bispo dos Santos, homem preso por espancar a mulher momentos antes de ela cair do 10° andar de um prédio e morrer, recebeu R$ 12 milhões da produtora executiva da cinebiografia de Jair Bolsonaro (PL), que inclusive, fechou um contrato de mais de R$ 100 milhões com a prefeitura de São Paulo para fornecer Wi-Fi em comunidades de baixa renda da cidade no último ano.
Segundo informações do "Portal Metrópoles", o contrato com a produtora possuía assinaturas de Alex Bispo, da mulher morta, Maria Katiane Gomes da Silva, como testemunha, e Karina Pereira da Gama, presidente do Instituto Conhecer Brasil (ICB) e produtora executiva do filme "Dark Horse" a apartir da produtora Go Up, na qual é sócia.
Alex Bispo, que inclusive já havia cumprido pena pelo sequestro de um sobrinho do deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) recebeu, através da empresa dele, a Favela Conectada, cerca de 12 "mensalidades" de manutenção de internet por 218 pontos instalados entre 22 e 28 de abril de 2025, em um contrato que valia só até 30 de junho.
Segundo as informações, o serviço só funcionou por pouco mais de dois meses, mas recebeu por 12, ao cobrar R$ 712 por cada ponto instalado.
A prefeitura de São Paulo pagou o valor de R$ 2,7 milhões à ONG presidida pela produtora do filme de Bolsonaro só pela manutenção desses 128 pontos, embora o custo efetivo do serviço que chegou à população tenha sido de apenas R$ 273 mil. No total, a Favela Conectada foi contratada para instalar 2.000 pontos.
A empresa de Alex Bispo funciona no mesmo prédio de um escritório cujo aluguel era pago pelo ICB com recursos do contrato. Até mesmo o cheque caução do aluguel, de R$ 18 mil, entrou na prestação de contas apresentada à prefeitura.


