Pressionada pelos EUA e Brasil, OMS vai realizar investigação em cada país sobre resposta à pandemia

Com pressão dos Estados Unidos e do Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vai realizar uma investigação em cada país para saber como foi a resposta à pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. A pesquisa também vai avaliar como cada governo reagiu diante do surto e dos alertas emitidos pelo agência de Saúde. 

Na terça-feira (9), durante uma reunião ministerial, o chanceler brasileiro Ernesto Araújo criticou a OMS e indicou que o Brasil iria defender que a entidade realizasse uma investigação. Horas depois, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ameaçar retirar o país da instituição. 

A suposta proposta do chanceler foi aprovada há semanas pela própria OMS, e uma resolução apresentada pela UE, que teve o apoio do Itamaraty, foi adotada e nela os governos e a instituição se comprometiam a iniciar um processo de revisão sobre como foi a resposta à pandemia de Covid-19. Não há um prazo para que o processo ocorra, mas se entende que grande parte dos países iniciará quando o surto for controlado. 

O objetivo é que, ao avaliar a crise, técnicos possam também estabelecer se governos deram ouvidos para os alertas realizados pela entidade e se, de fato, autoridades nacionais estavam preparadas para o surto.