Primeiro trimestre deste ano será desafiador, diz Secretaria do Ministério da Economia
O resultado do PIB de 2020 foi o pior desde o início da série histórica do IBGE, em 1996

Foto: Agência Brasil
Após anúncio do tombo de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia avaliou nesta quarta-feira (3) que as incertezas econômicas "continuam elevadas" e acrescentou que o primeiro trimestre deste ano será "desafiador".
Influenciado pela pandemia da covid-19, o resultado do PIB de 2020 foi o pior desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1996.
De acordo com a área econômica, o resultado do PIB de 2020, embora negativo, mostra reversão das estimativas de mercado e de organismos internacionais ao longo do ano, que indicavam retração ainda mais aguda.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (3), o secretario especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, avaliou a queda como uma "performance muito boa", pois a retração "foi abaixo das expectativas". "Em termos relativos nós tivemos uma performance muito boa, então, é uma comemoração comedida, uma comemoração conservadora, no sentido de que a retração no PIB ela foi muito abaixo das estimativas que foram divulgadas no ano passado".
De acordo com a Secretaria de Política Econômica, na comparação internacional, o PIB do Brasil em 2020 teve recuo "moderado". O Brasil apresentou resultado melhor que outros países da América Latina, como México (-8,7%) e Colômbia (-6,8%), e países do G7, a exemplo do Reino Unido (-9,9%), da Alemanha (-5,3%) e do Japão (-4,8%). O PIB do Brasil ficou também relativamente próximo do desempenho dos EUA em 2020 (-3,5%).
Para este ano, o Ministério da Economia lembrou que a previsão oficial é de uma alta de 3,2% para o PIB brasileiro.