Procurador do AM diz que Ministério da Saúde foi alertado quatro dias antes sobre falta de oxigênio
A aeronave que buscaria os materiais quebrou na ultima quarta-feira (14)

O procurador da República do Amazonas, Igor da Silva Spindola, afirmou ter sido alertado sobre a falta de oxigênio quatro dias antes do colapso. "O estado não se preparou. E como se não bastasse, a direção de Logística do Ministério da Saúde só se reuniu hoje (quinta-feira) para tratar disso após ser avisada há quatro dias", disse à coluna do Guilherme Amado, da Época.
De acordo com Spindola, a demanda por oxigênio em Manaus era de 20 mil metros cúbicos em 2020, mas aumentou para 70 mil. "Acordei hoje com uma ligação por volta de 7h do diretor do Hospital Universitário dizendo que só tinha duas horas de oxigênio. Por volta de 12h, a gente já tinha notícia dos óbitos por asfixia. Foi emocionalmente impactante".
A empresa White Martins, responsável por produzir oxigênio para os hospitais da capital, consegue produzir 28 mil cúbicos de oxigênio. A aeronave que buscaria os materiais quebrou na ultima quarta-feira (14).
"O que o Exército nos passou oficialmente é que o avião da FAB teria quebrado. Mas eles têm outros aviões. Ninguém se movimentou para resolver", disse o procurador. Uma ação, protocolada pelo próprio procurador, cobra da União uma solução para o colapso de fornecimento de oxigênio na saúde da capital.