Procuradora-geral é favorável à manutenção da prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima
Para Raquel Dodge, Geddel deve permanecer na cadeia devido à proximidade do julgamento no STF

Foto: Agência Brasil
Foi enviado um manifestação contra o pedido de anulação da prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quita-feira (15), assinado pela procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge. Esta é a terceira manifestação sobre o assunto, uma vez que a defesa fez o mesmo pedido em agosto e em dezembro do ano passado.
No documento, a PGR argumenta que a condenação definitiva está prestes a ser imposta pelo STF. "A pena será elevada", prevê o órgão.
Com base no andamento do processo, Raquel frisa que o julgamento do caso deve ocorrer ainda este ano. Além disso, não houve mudança relevante no quadro que motivou a prisão que justifique a reavaliação do pedido de soltura. Na manifestação, a PGR cita várias ocorrências elencadas no processo que reafirmam a necessidade da prisão preventiva de Geddel Vieira Lima e destaca que para evitar o cumprimento da pena, só lhe restaria a fuga.
Raquel Dodge ressalta os fatores de risco caso Geddel seja solto. "Um deles foi o fato de o ex-ministro não cumprir as determinações da prisão domiciliar, concedida em julho de 2017, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) e, ainda, de ter continuado a prática de crimes, como por exemplo, a ocultação, em um apartamento em Salvador, de mais de R$ 51 milhões em espécie.
Cita também a apropriação de salários de secretários parlamentares e o uso desses profissionais para a destruição de provas da investigação. “Nem a autorização de prisão domiciliar em relação a ele – provou-se – foi medida capaz de resguardar a sociedade de que não cometerá novos crimes e de garantir que não fugirá”, finaliza a PGR.