Produção de aço bruto brasileira caiu 18% no primeiro semestre de 2020

Queda foi motivada pela paralisação de atividades devido à pandemia da Covid-19

Por Da Redação
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Produção de aço bruto brasileira caiu 18% no primeiro semestre de 2020

Foto: EFE/arquivo

O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, informou na última segunda-feira (27), em coletiva virtual à imprensa, que a produção de aço bruto brasileira caiu 17,9% no primeiro semestre deste ano, alcançando 14,219 milhões de toneladas, contra 17,324 milhões de toneladas em igual período do ano passado. Segundo Lopes, a queda foi atribuída aos 13 altos-fornos paralisados em função da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. 

A pandemia também paralisou oito aciarias e três laminações. Nos seis primeiros meses de 2020, as vendas internas caíram 10,5%, com maior retração observada nos produtos planos (-14,5%), que envolvem chapas e bobinas para as indústrias automotiva e de transformação. Nos produtos longos, direcionados à construção civil, a queda foi 5%. Já as exportações em volume somaram 6,147 milhões de toneladas, redução de 8,1% em comparação ao primeiro semestre do ano passado, enquanto as importações sofreram queda de 17%. O consumo aparente somou 9,316 milhões de toneladas, diminuição de 10,5% no período analisado.

Na coletiva, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil chamou a atenção que a análise de 2019 também evidencia queda em relação ao ano anterior de 8% na produção de aço bruto, 0,6% nas vendas internas, 8,2% nas exportações, 1,7% nas importações e 1,1% no consumo aparente.

Para 2020, as perspectivas são de produção de 28,22 milhões de toneladas, queda de 13,4%, vinculada à parada dos altos-fornos; vendas internas de 16,521 milhões de toneladas (-12,1%); exportações de 10,957 milhões de toneladas (-14,4%), importações de 1,541 milhão de toneladas (-34,8%) e consumo aparente de 17,960 milhões de toneladas (-14,4%).

Relação com Estados Unidos

O  presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Mello Lopes, acrescentou, durante a coletiva, que o Brasil enfrenta uma situação difícil com os Estados Unidos, porque o órgão responsável pelo comércio norte-americano faz pressão para prejudicar o Brasil no fluxo do comércio bilateral. Segundo Lopes, a retirada das restrições impostas ao aço brasileiro pelos Estados Unidos é condição vital para a retomada das exportações siderúrgicas nacionais.

O Brasil importa US$ 1 bilhão de carvão metalúrgico dos Estados Unidos e US$ 4,3 bilhões de máquinas e equipamentos e exporta para aquele mercado US$ 2,3 bilhões de produtos siderúrgicos.


 

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