Produção de petróleo na Bacia de Campos em 2020 atinge marca de 679 mil barris, aponta Ineep
Quantidade é a menor do século e representa queda pela metade na produção dos últimos seis anos

Foto: Reprodução/FUP
A produção da Bacia de Campos, localizada no norte do Rio de Janeiro, registrou em 2020, o menor volume deste século, de 679 mil bpd (barris por dia). Deste total, 607 mil bpd foram extraídos pela Petrobras, de acordo com os dados divulgados pela empresa e compilados pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
O dado revela um retrocesso em comparação às estatísticas do ano 2000, quando a produção na bacia registrou a marca de 1 milhão de bpd. Já em 2017 ficou abaixo de 1 milhão de bpd. E, nos últimos seis anos, caiu pela metade (em 2015, era de 1,34 milhão de bpd).
Isso acontece porque campos gigantes que, no passado, chegaram a responder por 80% do volume de petróleo extraído no Brasil, entraram numa fase de declínio. A continuidade do aproveitamento da região depende de investimento e uso de tecnologias de recuperação.
Junto com a bacia, municípios fluminenses, como Macaé e Campos dos Goytacazes, viram suas receitas minguarem, por conta da queda de arrecadação de royalties e participações pagas pelas companhias que atuam nos reservatórios. Apesar de ter encolhido sua presença, a Petrobras ainda responde por 90% de toda a produção, segundo o Ineep.
De 2015 a 2020, a extração dessas petrolíferas caiu 47%, de 133,7 mil bpd para 71,2 mil bpd. Apenas a Perenco, Tridenty e PetroRio extraíram mais óleo na Bacia de Campos, no período. Enquanto Shell, Equinor e Dommo tiveram forte redução. A Chevron suspendeu a produção em 2020.