PSL busca repaginada após saída de Bolsonaro
Partido vem sofrendo com pressões de várias alas

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O PSL está em busca de um novo posicionamento no cenário político após saída do presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Executivo vai formar uma nova legenda. Para ampliar sua base nas eleições de 2020, o partido fala agora em se aproximar de governadores e formar alianças que antes esbarravam na resistência dos bolsonaristas.
A expectativa entre os aliados do deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente e fundador do partido, é que as dissidências deve gerar uma queda na bancada de 53 deputados para um número entre 27 e 30 parlamentares.
Há diálogo entre os líderes na Bahia, onde o PSL constrói pontes com DEM, cujo presidente nacional é o prefeito de Salvador, ACM Neto, para disputar a prefeitura de Salvador. No Rio, após romper com Wilson Witzel (PSC), o PSL pós-Bolsonaro se reaproximou do governador e articula uma aliança para a disputa pela capital fluminense.
O alto escalão do PSL ambiciona conquistar entre 300 e 500 prefeituras em 2020. Entre as capitais, estão colocadas as pré-candidaturas de Joice em São Paulo, do deputado estadual Fernando Francischini em Curitiba e do radialista Nilvan Ferreira em João Pessoa.
Além de adotar uma linha mais pragmática, o “novo” PSL planeja repaginar o discurso para atrair o eleitor de direita que rejeita o estilo beligerante e a agenda militarista de Bolsonaro.