Quaest: desaprovação do governo Lula cai de 57% para 53%; 43% aprovam

Queda entre os números negativos foi registrada pela primeira vez desde o ano passado

Por Da Redação
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Quaest: desaprovação do governo Lula cai de 57% para 53%; 43% aprovam

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A desaprovação do presidente Lula (PT) entre os eleitores brasileiros caiu 4 pontos percentuais (p.p), de 57% para 53%, segundo a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (16).

A aprovação de Lula subiu para 43% (eram 40% no levantamento realizado em junho) e segue mais desaprovado do que aprovado. O intervalo agora é de 10 p.p, o menor desde janeiro, quando havia empate técnico entre aprovação e reprovação (mês passado era 17).

Esta é a primeira vez que a aprovação de Lula melhora depois de uma sequência de quedas iniciada há um ano, em julho de 2024. 

A pesquisa mostra ainda que 72% dos brasileiros consideram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está errado ao impor o tarifaço ao Brasil e usar como justificativa uma perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível e réu por tentativa de golpe de Estado.

Ainda de acordo com o levantamento, 79% dos entrevistados acreditam que a taxa de 50% anunciada pelo republicano aos produtos brasileiros vai prejudicar sua vida ou de sua família. Além disso, 63% acham que o governo deve subir o imposto dos mais ricos para diminuir o dos mais pobres e 33% acham que não.

A Quaest aponta que o percentual dos que consideram o governo como negativo passou de 43% para 40%. Já os que se veem a gestão de forma positiva foram de 26% para 28%, mesmo índice dos que avaliam o governo como regular.

Regiões

A diferença entre aprovação e desaprovação ao governo Lula caiu pela no Sudeste do Brasil: foi de 32 pontos (64% desaprovavam, 32% aprovavam) em junho para 16 pontos (56% desaprovam, 40% aprovam) neste levantamento. A margem de erro nesse segmento é de 3 pontos.

O Nordeste permanece como a região com maior aprovação a Lula, com 53%. Eram 54% de junho. A desaprovação segue em 44%. A margem de erro nesse segmento é de 4 pontos para mais ou menos.

No Sul, a aprovação foi caiu de 37% para 35%, enquanto a desaprovação passou de 62% para 61%. A diferença saiu de 15 para 16 pontos. A margem de erro nesse segmento é de 6 pontos.
As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram leve oscilação na aprovação de Lula, que foi de 42% para 40%. Já a desaprovação se manteve em 55%. A diferença, agora, é de 15 pontos. A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.

Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os números mostram uma recuperação do governo Lula fora de sua base de apoio.

"A recuperação do governo aconteceu entre quem é de classe média, que tem alta escolaridade, no Sudeste. São os segmentos mais informados da população, que se percebem mais prejudicados pelas tarifas de Trump, e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui. O governo saiu de coadjuvante para protagonista na pauta pública nacional”, disse.

Escolaridade

Como apontado por Felipe Nunes, a aprovação do governo Lula melhorou entre os entrevistados que têm ensino superior completo: era de 33% em junho e está em 45%, enquanto a desaprovação caiu de 64% para 53%. A diferença agora está em 7 pontos, enquanto era de 31 pontos.

A desaprovação caiu também entre quem estudou até o ensino fundamental completo, de 47% para 42%. A aprovação oscilou um ponto, de 50% para 51%, e fez a diferença que era de 3 pontos ir para 9 pontos. A margem de erro no segmento é de 4 pontos para mais ou menos.

Para os entrevistados com ensino médio completo, a desaprovação é de 62% (eram 61%), enquanto a aprovação oscilou dois pontos para baixo: 35% (eram 37% em março). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.

Renda

Entre os entrevistados que têm renda familiar de 2 a 5 salários mínimos diminui pela metade a diferença entre quem aprova e quem desaprova. A desaprovação caiu 6 pontos: de 58% para de 52%. A aprovação subiu 4 pontos: de 39% para 43%. A distância deixou de ser de 19 pontos e está em 9.

Entre os mais pobres (renda de até 2 salários mínimos) segue empate técnico: 49% (eram 50%) a 46% (eram 46%). Até a pesquisa de março, a aprovação do presidente era maior que desaprovação nesse segmento. A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.

Nas famílias com renda acima de 5 salários mínimos, 61% desaprovam o governo Lula, ante 64% em junho. A aprovação neste grupo é de 37% (eram 33%). As oscilações estão dentro da margem de erro do segmento, que é de 4 pontos.

Voto no 2º turno

Entre as pessoas que votaram em branco, nulo ou não votaram na eleição presidencial de 2022, a aprovação de Lula caiu de 65% para 61%. A margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.

A aprovação se manteve em 74% entre os que votaram no presidente no 2º turno de 2022. A desaprovação foi de 24% para 23%. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.

Entre eleitores de Jair Bolsonaro, 89% desaprovam (eram 91%) e 9% aprovam (eram 9%). A margem de erro é de 4 pontos para mais ou menos.

Avaliação geral do governo

Positivo: 28% (eram 26% em junho)
Negativo: 40% (eram 43%)
Regular: 28% (eram 28%)
Não sabe/não respondeu: 4% (eram 3%)
Aprova: 43% (eram 40% na pesquisa de junho);
Desaprova: 53% (eram 57%);
Não sabe/não respondeu: % (eram 3%).

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