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Quase 90% dos profissionais da saúde que atuam na linha de frente contra Covid sofrem com desgaste psicológico

Mais da maioria dos trabalhadores tem medo de infectar familiares

Por Da Redação
Ás

Quase 90% dos profissionais da saúde que atuam na linha de frente contra Covid sofrem com desgaste psicológico

Foto: Divulgação

Falta de leitos e medicamentos, medo da infecção e má distribuição de profissionais são só alguns dos fatores que levam 89% dos profissionais da saúde a sofrerem com o desgaste psicológico no enfrentamento à pandemia da covid-19, segundo mostra um estudo realizado pela PEBMED, tecnologia de saúde de conteúdo para médicos da Afya Educacional.

A pesquisa também aponta que os profissionais “linha de frente” enfrentam temor em relação à infecção pela doença. Dos 58,3% profissionais que não tiveram diagnóstico para a covid-19, 86,1% relataram que têm medo de se infectar. Já dos 41,7% que já pegaram a doença, 87,9% têm medo de se reinfectar. Um outro dado também alarmante é que 97,2% dos entrevistados disseram ter medo de infectar os familiares por causa do trabalho.

Já em relação às principais causas que levam ao esgotamento mental dos profissionais estão: indisponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (70,8%),  falta de respiradores mecânicos (56,6%) e falta de profissionais suficientes para atender as demandas (67,5%).

Perfil dos profissionais da saúde

Conforme a pesquisa “Pandemia na Linha de Frente”, a média de idade dos entrevistados foi de 37,5 anos, sendo a maioria mulheres (69,4%) e 30,6% de homens. Dos respondentes, 44,4% atuam em emergência ou pronto atendimento, seguido dos 26,5% que atendem em ambulatórios; e daqueles que atuam em unidade de internação/enfermaria e de terapia intensiva (UTI/CTI), ambos com 23,1%.

Mais da metade, ou seja, 70,7% dos profissionais trabalham no sistema público de saúde e 29,3% na rede privada.

Em relação à região, o Sudeste foi o que teve mais respondentes, representando 50,5% dos entrevistados. Em seguida vêm as regiões Nordeste (19,5%), Sul (15,3%), Centro-Oeste (8%) e Norte (7%).

A pesquisa ouviu 4.398 profissionais da saúde de todo o Brasil, sendo que 2.239 afirmaram atuar na linha de frente, entre os dias 29 de março e 05 de abril. Dos profissionais “linha de frente”, 1.013 são médicos, 668 são enfermeiros e 558 são técnicos de enfermagem.

Suporte psicológico aos profissionais

Por causa dos cuidados com a saúde desses profissionais, a prefeitura de Salvador disponibiliza, desde março do ano passado, um suporte psicológico gratuito para os trabalhadores da saúde diante da situação da pandemia. 

O serviço é disponibilizado pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), vinculado a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e os atendimentos funcionam de segunda a sexta-feira, através dos números: (71) 99617-9091, das 9h às 15h; e no (71) 98793-8673, das 15h às 21h. 

Cada atendimento tem um tempo limite de 20 minutos e podem ser atendidos todos os profissionais que atuam nas esferas municipais até as federais, e nas redes pública e privada. 

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) também divulgou um documento com a relação de postos e unidades que oferecem tratamento para a população soteropolitana tanto de forma gratuita quanto com preços acessíveis. O documento detalha o nome da instituição, endereço, telefone para contato e informações sobre horários de atendimento e públicos atendidos. [Confira aqui a relação completa]

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