Quase metade das cidades brasileiras tem problemas para armazenar vacinas, diz levantamento
Pesquisa foi feita com secretários de Saúde de 5.569 municípios

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De acordo com uma pesquisa realizada pelo Movimento Unidos Pela Vacina e Instituto Locomotiva, 40% das cidades do país não têm geladeira com medição de temperatura e alarme em boas condições para armazenar vacinas contra a Covid-19. A medida, diminui o risco de perda de doses.
O levantamento que foi feito com secretários de Saúde de 5.569 municípios, também mostrou que um quinto das cidades não tem acesso à internet para o registro da vacinação contra a Covid-19. Além disso, 19% dos postos não têm internet para o registro de imunização; 12% deles sequer possuem computador.
15% apontam a necessidade de equipar as salas com itens como pia com água, sabonete e papel toalha. Em 35% dos municípios, foi constatado que a sala de vacinação precisa de adequações.
A falta de imunizante, no entanto, é apontada por 47% dos secretários municipais como o principal desafio para a acelerar o ritmo da vacinação. Os que consideram que terão vacinado todos os munícipes até setembro deste ano somam 16%. Noventa e nove por cento das cidades previram vacinação em domicílio e 67% organizaram postos volantes ou sistema do tipo drive-thru.
O estudo também aponta que a imunização aos fins de semana precisa melhorar: 48% das cidades contam com unidades abertas sábados e domingos.
Quanto às medidas de prevenção à doença, 98% dos municípios tornaram o uso de máscara obrigatório, 97% realizam campanhas educativas sobre o distanciamento social e 86% adotam restrições para o horário de funcionamento de estabelecimentos e de serviços não essenciais.