Quinta onda de covid tem velocidade 'vertiginosa', diz porta-voz da França
No sábado (20) foram registrados 17.153 casos positivos de Covid-19 no país

O porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, alertou neste domingo (21) que a quinta onda da pandemia de Covid-19 na França se propaga a uma velocidade "vertiginosa". O cálculo da média de sete dias mostrou que o número diário de infecções praticamente dobrou com os 17.153 casos positivos no sábado (20) ante os 9.458 registrados na semana anterior.
Essa explosão de novos casos da Covid-19 revela que as infecções tem crescido de maneira exponencial na França. Até a última semana, o aumento de casos diários demorava três semanas para que crescesse nas mesmas proporções.
Segundo o porta-voz francês, o governo está preocupado e, ao mesmo tempo, confiante para o enfrentamento dessa nova onda. Ainda não é possível dizer se a alta de casos terá impacto nas hospitalizações. Por enquanto, não é este o caso, o que se atribui à vacinação, que continua a ser muito eficaz na prevenção de formas graves da doença. Mas a imunização não impede as contaminações pela variante Delta.
A proporção de franceses vacinados é de 75%. A campanha de reforço com uma terceira dose de imunizante do tipo RNA mensageiro começou em setembro para idosos. E em 1° de dezembro, ela será estendida para a faixa etária de 50 a 65 anos. Há recomendação da Alta Autoridade de Saúde (HAS), um organismo independente, para que todos com mais de 40 anos tomem a dose de reforço.
"Vemos que há um forte aumento das contaminações, mas também sabemos que temos uma cobertura vacinal muito ampla (e) estamos bastante à frente dos nossos vizinhos no reforço vacinal", sublinhou Attal.
No sábado (20), havia 7.974 pacientes da Covid hospitalizados em todo o país, sendo 1.333 doentes em unidades de tratamento intensivo (UTI), contra 6.500 e 1.000, respectivamente, há um mês.
O secretário de Estado elogiou a implantação em julho do passaporte sanitário, para acesso a locais que recebem público, enquanto a maioria dos países no bloco europeu adotou essa medida posteriormente. "O governo assume esta escolha de impor restrições às pessoas não vacinadas", frisou Attal.