Reabilitação pós-fratura melhora funcionalidade e evita sequelas!
Aos detalhes.

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A reabilitação é essencial na recuperação de pacientes após fraturas, voltada para a restauração da funcionalidade, independência e qualidade de vida. Conforme o fisioterapeuta e coordenador de Fisioterapia da Clínica Florence, Francimar Ferrari, fatores como idade, tipo e local da fratura, comorbidades (como osteoporose e diabetes), nível funcional prévio, início da reabilitação e grau de engajamento do paciente e da rede de cuidado influenciam no processo.
“O plano terapêutico costuma ser dividido em fases, começando pela contenção da dor, do edema e da inflamação, com foco na preservação da amplitude articular e de complicações como rigidez, atrofia muscular e trombose”, esclarece. Além disso, a mobilização precoce, conforme os critérios de estabilidade clínica e ortopédica, é essencial para preservar a funcionalidade e evitar a perda de movimentos.
Pacientes que apresentam uma disfunção funcional moderada ou grave pós-fratura, risco aumentado de complicações, múltiplas comorbidades, histórico de quedas recorrentes ou que vivem em ambiente familiar que não oferece suporte e segurança, devem realizar a reabilitação em uma clínica especializada.
Tecnologia em favor do tratamento
A tecnologia também é aliada na recuperação de pacientes pós-fratura. “Na Clínica Florence, por exemplo, a reabilitação pós-fratura é conduzida de forma personalizada e integrativa, utilizando recursos baseados em evidências para potencializar os ganhos terapêuticos não apenas na recuperação, como na prevenção de perda funcional”, explica Francimar Ferrari.
O especialista cita ainda algumas dessas tecnologias, como: estimulação elétrica neuromuscular (NMES) para preservação da massa e força muscular em pacientes imobilizados; uso de eletroterapia analgésica e ultrassom terapêutico para controle da dor; biofeedback e realidade virtual como ferramentas de engajamento e controle motor fino.
Dicas para prevenir novas fraturas
A reabilitação não se encerra com a consolidação óssea. É importante manter o foco também na prevenção secundária, especialmente em casos relacionados à osteoporose ou quedas.
Estratégias como rastreamento e tratamento da densidade mineral óssea, programas de exercícios multicomponentes (força, equilíbrio, coordenação e treino de marcha), educação sobre risco de quedas e revisão de medicações potencialmente sedativas devem ser incorporadas à alta funcional.
“Vale reforçar também que cada fratura é única e a reabilitação deve ser adaptada às necessidades e objetivos de cada pessoa. O sucesso do tratamento está diretamente ligado ao trabalho em equipe entre o paciente, os profissionais de saúde e a família”, finaliza o coordenador de Fisioterapia da Florence, hospital referência em cuidados paliativos e reabilitação.