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Região Metropolitana de Salvador registra deflação de 0,17% em agosto, aponta IBGE

Resultado do IPCA foi influenciado por recuos nos preços médios de três dos nove grupos de produtos e serviços

Por Da Redação
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Região Metropolitana de Salvador registra deflação de 0,17% em agosto, aponta IBGE

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em -0,17% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) no mês de agosto, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 09.

A pesquisa informou que esse foi o menor índice para esse mês, na RMS, em quatro anos, desde 2018, quando havia ficado em -0,27%. Também mostrou uma segunda deflação seguida (redução média dos preços), mas em ritmo bem menor do que o registrado na queda histórica de julho (-1,06%).

A deflação de agosto na RMS (-0,17%) foi menos intensa do que a verificada no país como um todo (-0,36%) e só foi mais profunda do que a registrada na Região Metropolitana de São Paulo/SP (-0,01%). No mês, a Grande Vitória/ES (0,46%) e as regiões metropolitanas de Belém/PA (0,18%) e Rio de Janeiro/RJ (0,01%) voltaram a apresentar altas médias da inflação, após a queda generalizada ocorrida em julho.

A partir do resultado obtido em agosto, o IPCA na RM Salvador acumulado em 2022 desacelerou pelo segundo mês consecutivo (aumentou menos do que no mês anterior), ficando em 5,30% (frente a 5,48% até julho). Continua acima do índice nacional (4,39%) e passou a ser o segundo maior do país (era o terceiro em julho).

Nos 12 meses encerrados em agosto, a inflação na RM Salvador está em 10,42% e também mostrou sua segunda desaceleração seguida (havia ficado em 11,38% nos 12 meses encerrados em julho). Continua, porém, acima do indicador nacional (8,73%) e se manteve a mais elevada do país pelo segundo mês consecutivo, sendo a única acima dos 10,00%.

A variação negativa do IPCA na Região Metropolitana de Salvador (-0,17%), em agosto, foi concentrada em recuos nos preços médios de três dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

Assim como havia ocorrido em julho, o resultado foi fortemente influenciado pela queda verificada no grupo transportes (-4,35%), por sua vez puxada pelos combustíveis (-11,71%), com força maior da gasolina (-12,20%) e do etanol (-11,40%), mas contribuição importante também do diesel (-6,61%). Além deles, as passagens aéreas (-17,88%) também mostraram forte deflação em agosto, contribuindo para a variação negativa do IPCA na RM Salvador.

Os grupos comunicação (-1,67%) e artigos de residência (-0,14%) também tiveram quedas médias dos preços em agosto, puxados respectivamente pelos planos de telefonia móvel (-4,14%) e fixa (-9,44%) e pelos televisores (-2,82%).

Por outro lado, dos seis grupos de produtos e serviços que seguiram com os preços em alta, as principais pressões inflacionárias vieram de saúde e cuidados pessoais (1,70%) e alimentação e bebidas (0,90%). Ambos tiveram aceleração da inflação, ou seja, viram seus preços médios aumentarem mais em agosto do que em julho.

Entre as despesas com saúde e cuidados pessoais, a principal contribuição de alta veio do grupo de produtos de higiene pessoal (3,11%), com destaque para o perfume (5,51%). Os planos de saúde também seguiram como importante pressão inflacionária, na RMS, em agosto (1,07%).

Já entre os alimentos, os leites e derivados (7,25%) mantiveram-se como principal influência no sentido de puxar o IPCA para cima. Embora tenha aumentado menos do que em julho (25,22%), o leite longa vida registrou a maior alta entre todos os produtos e serviços pesquisados para formar o índice de inflação (13,93%) e seguiu como a pressão de alta mais forte no custo de vida da RM Salvador, em agosto.

O gás de cozinha também seguiu aumentando (4,35%) e, pelo peso que tem nas despesas das famílias, exerceu a segunda maior pressão inflacionária individual em
agosto, na RM Salvador.

Segundo o IBGE, Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), ficou em -0,01% em agosto.

De forma semelhante ao IPCA, o INPC de agosto na RM Salvador também apresentou variação negativa menos intensa do que a nacional (-0,31%). O índice foi o menor para um mês de agosto, na RMS, em três anos, desde 2019 (-0,18%).

Apesar da segunda queda consecutiva, de janeiro a agosto de 2022, o INPC acumula alta de 6,02% na RM Salvador. É o maior índice do país e superior ao nacional (4,65%). Também é o mais alto do Brasil nos 12 meses terminados em agosto (11,23%), enquanto o índice nacional está em 8,83%.

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