Relatório da revista 'The Lancet' aponta que poluição e calor extremo matam mais de 3 milhões de pessoas por ano
OMS monitora situação com mais 120 especialistas por todo o mundo

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Um novo relatório publicado na revista "The Lancet", publicado nesta quarta-feira (29), mostra que o calor extremo e a poluição são os principais responsáveis por mais de 3 milhões de mortes todos os anos. A publicação é uma colaboração entre a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a University College London. O relatório anual reúne 128 especialistas de mais de 70 instituições acadêmicas e agências da ONU.
O estudo deste ano aponta que não conter os efeitos do aquecimento global aumentou as mortes relacionadas ao calor em 23% desde 1990; o número de mortes chega a 546 mil óbitos anualmente. Segundo o g1, somente entre 2012 e 2021, o país registrou uma média anual estimada de 3,6 mil mortes provocadas pelo calor, valor 4,4 vezes maior do que o observado na década de 1990.
A queima de combustíveis fósseis representa cerca de 2,52 milhões de mortes em todo o mundo. A transição energética surge como uma solução, o relatório aponta que, em média, 160 mil vidas são salvas anualmente como resultado da produção de energia por fontes renováveis.
Segundo o levantamento, houve um aumento sem precedentes na quantidade de dias em que as pessoas foram submetidas ao calor extremo anualmente. A nível mundial, cada pessoa esteve exposta em média a 16 dias de calor extremo em 2024. Em países da África e América do Sul, essa média pode chegar até 40 dias.


