Relatório do Banco Central mostra crescimento de pagamentos digitais no Brasil
Segundo documento, adesão aos meios digitais ajudou o país a reduzir desigualdade financeira

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A nova edição da Série Cidadania Financeira, publicada pelo Banco Central, mostra uma redução significativa da desigualdade em indicadores de inclusão financeira. Os principais avanços estão no maior acesso e uso de serviços financeiros pelos brasileiros, principalmente considerando a população de menor renda. As informações são do Exame.
"A pesquisa indicou, por exemplo, um crescimento de 14 pontos percentuais entre 2017 e 2021 na quantidade de adultos detentores de conta em instituições financeiras no Brasil, com 84% dos respondentes relatando possuir conta em 2021. Considerando apenas o extrato de 40% mais pobres, o número evoluiu de 57% dos respondentes em 2017 para 82% em 2021", explica Lucas Iten Teixeira, do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central.
O crescimento no uso de pagamentos digitais no Brasil, incluindo os realizados com criptoativos, ajudou na redução da desigualdade entre os indicadores dos grupos mais ricos e mais pobres.
Segundo o relatório, em 2017, 43% do grupo de menor renda utilizavam pagamentos digitais contra 68% dos mais ricos, uma diferença de 25 pontos percentuais. Em 2021, a diferença reduziu para 7 pontos percentuais, com 72% dos mais pobres utilizando pagamentos digitais.
"Alguns fatores podem estar relacionados a esse rápido crescimento da adoção de meios digitais pelos brasileiros: maior número de prestadores de serviço no mercado; expansão das fintechs, notadamente das IPs, evolução tecnológica, criação do Pix, aumento do acesso à internet e a smartphones pela população em geral", disse Diogo Nogueira Cruz, do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central.