Relatório do Mapa aponta que contaminação em cervejas da Backer já tinham acontecido antes
O Ministério também apontou que o uso das substâncias tóxicas encontradas na cervejaria são inéditas no Brasil

Foto: Divulgação
Um relatório final produzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que a contaminação pelas substâncias tóxicas monoetilenoglicol (MEG) e dietilenoglicol (DEG) em cervejas da Backer já tinham sido notificadas desde janeiro de 2019, o que sugere que a contaminação recente, que causou a morte de ao menos dez pessoas, não foi um evento isolado na produção da bebida.
O Mapa também apontou que a contaminação pelas substâncias é inédita no Brasil e que as toxinas nunca haviam sido encontradas em outras cervejarias nacionais e importadas. Em decisão, a polícia indiciou onze funcionários da empresa pelas intoxicações.
O documento também revela que a empresa apresentou falhas em relatórios de sistemas de controle interno da cervejaria por terem sido identificadas informações incompletas nos documentos de produção e controles de rastreabilidade ineficientes.
Segundo o Ministério, a Backer ficará interditada até novas análises possam garantir que não há riscos para a produção de novas bebidas pela empresa.


