Renault Kwid Outsider 2026: teste completo da nova versão de apelo aventureiro
Versão tem apelo off road mas preço alto assusta compradores

O Renault Kwid rivaliza com o Fiat Mobi e Citroën C3 o título de carro mais barato do país. Na linha 2026 a Renault fez uma pequena mudança de visual e conteúdo e lançou a versão Outsider com várias alterações de visual. Baseada na Iconic, ela tem acessórios de apelo off road e vem relativamente bem equiapda porém ao preço de quase R$ 90 mil. O Farol da Bahia testou a nova versão.
Visual off road
O Renault Kwid Outsider sim é bem chamativo. Ganha a grade com novos elementos de acabamento, um destacado rack decorativo, novas rodas na cor preto brilhante aro 14 e outros detalhes internos.
Falando nisso, o Outsider tem um estilo interior bem interessante e bem pensado. O revestimento dos bancos é novo e combina couro, tecido com costura verde limão de bom gosto e apesar da simplicidade do carro como um todo, agrada bastante.
Por dentro,
Mesmo com a posição um pouco elevada ao dirigir, é um carro pequeno, o que é bom para o uso urbano e cabe em qualquer lugar sem esforço. No tamanho, são 3,68 metros de comprimento, 1,57 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,42 metros de entre-eixos. O porta-malas tem apenas 290 litros mas é maior que o do Mobi. É ideal apenas para, no máximo, quatro pessoas e malas, não ouse levar meia dúzia, que não vai caber.
Quando reparamos na simplicidade do acabamento aparente, devemos lembrar que o intuito do Kwid é ser barato. Isso não acontece na versão Outsider, mas deixamos esse ponto para a conclusão.
De volta ao Kwid, a multimídia chamada de Media Evolution conecta bem o smartphone por Bluetooth, só que não conseguimos conectar, durante uma semana de teste, o Android Auto e nem o Apple CarPlay. Agora também há uma câmera de ré de qualidade mediana.
Ademais, o modelo conta com bons equipamentos como uma nova saída USB-C, 4 airbags (2 frontais e 2 laterais), controle eletrônico de estabilidade (ESP), assistente de partida em rampa (HSA), alerta visual e sonoro de não utilização do cinto de segurança de todos os ocupantes, sistema Start & Stop, monitoramento da pressão dos pneus (TPMS), luzes de circulação diurna (DRL) em LED, painel de instrumentos com mostradores em LED, indicador de temperatura externa, computador de bordo, tacômetro, direção elétrica, ar-condicionado, quatro alto-falantes, duas saídas USB na frente, entre outros itens. E, olha, se a central e o painel fossem melhores, seria um básico bem feito. Inclusive, os detalhes visuais do painel deixam a desejar no quesito beleza, alí caberia bem instrumentos analógicos com traços mais elegantes.
Motor sem mudanças no Kwid Outsider
Apesar de ter recebido os apliques visuais e novos equipamentos, o motor segue o 1.0 SCe aspirado de três cilindros e 12 válvulas, que gera 71 cv com etanol e 68 cv com gasolina, com torque de 10,0 kgfm com etanol e 9,4 kgfm com gasolina. O câmbio é de cinco velocidades. Pesando só 825kg, é natural que o desempenho seja seu ponto positivo. Embora vibre muito, o motor é ágil e com o tempo o motorista se acostuma às reações do carro.
Segundo os dados oficiais o Kwid faz 15,5 km/l na estrada e 14,6 km/l na cidade com gasolina, segundo o Inmetro. O que o torna ideal para quem vai trabalhar de aplicativo e não gosta de levar muita gente.
Contando tantos impostos cobrados no país, o Renault Kwid Outsider é vendido por R$ 89.590, sendo R$ 6.600 mais caro do que o Fiat Mobi Trekking, oferecido pela Stellantis por R$ 82.990. Claro que o visual agrada bastante e por ser tão caro a Renault deve focar o Kwid somente nas vendas diretas. Asim, será bem difícil encontrar um Outsider pelas ruas razão pela qual ele chame tanta atenção durante o nosso teste.