Restrição de energia em Belo Monte pode custar R$ 1,3 bilhão
Objetivo é reduzir impactos ambientais

Foto: Reprodução/ Norte Energia
Uma restrição da geração de energia elétrica de Belo Monte, no Pará, pedida pelo Ibama como forma de reduzir os danos ambientais pode custar R$ 1,3 bilhão nas contas de luz de consumidores de todo o país nos meses de janeiro e fevereiro.
O órgão aponta como um dos problemas a redução da população de pacus, uma espécie de peixe da região do Xingu. Há evidências também de prejuízos para a população ribeirinha.
O Ibama também vê a oportunidade de reduzir os impactos ambientais identificados na qualidade da água, pesca, navegação e modos de via da população ribeirinha causados pela baixa vazão do rio.
A conta foi feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e se for repassada ao consumidor, a cifra pode representar uma alta de 0,7% nas tarifas de eletricidade.
O valor vai custar alto no bolso do consumidor porque com a alteração na vazão, a usina de Belo Monte gera menos energia, com isso a diferença precisa ser compensada com o aumento da produção em usinas termelétricas, o que gera a energia mais cara.
“Além do custo, a nova restrição imposta para a vazão mínima na volta grande do Rio Xingu impacta diretamente a operação dos reservatórios das demais hidrelétricas existentes no país, repercutindo no nível desses reservatórios ao final do atual período úmido e, por consequência, na capacidade de atendimento às demandas de usos múltiplos e de segurança energética ao longo do próximo período seco”, diz o texto da Aneel.