Retatrutida: medicamento experimental para obesidade demonstra potencial

Estudo revela que a retatrutida pode reduzir até 24% do peso do paciente, apontando para uma alternativa à cirurgia

[Retatrutida: medicamento experimental para obesidade demonstra potencial]

FOTO: Reprodução/Freepik/ilustração

Um novo medicamento experimental para tratamento de obesidade, chamado retatrutida, está demonstrando grande potencial. Segundo um estudo do laboratório farmacêutico Eli Lilly, a substância foi capaz de reduzir em até 24% o peso de pacientes após um ano de uso. Especialistas indicam que esse avanço pode representar uma alternativa significativa à cirurgia bariátrica. A retatrutida age de maneira semelhante a três hormônios naturais do corpo humano que têm a função de inibir o apetite. Administrada através de uma caneta injetável, ela se soma a outras opções já existentes no mercado.

O estudo, que envolveu mais de 300 participantes durante um ano, revelou que aqueles que receberam a dosagem mais alta, de 12 mg, experimentaram uma perda de peso notável. A perda alcançada com a retatrutida se aproxima dos resultados obtidos com a cirurgia bariátrica, que pode resultar em uma redução de até 30% do peso.

Simone Lee, do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, destacou que o medicamento demonstrou ser a molécula mais eficaz até o momento. Ela ressaltou que os participantes ainda não haviam atingido um limite máximo de perda de peso, o que indica um potencial ainda maior para o tratamento. Embora a pesquisa ainda esteja em fase de testes e deva ser concluída em 2026, a possível chegada da retatrutida ao mercado farmacêutico promete revolucionar o tratamento da obesidade.

A retatrutida age através de uma combinação única de hormônios, incluindo o GLP-1, responsável pela sensação de saciedade, o GIP, que melhora a secreção de insulina, e o GCG, que influencia os níveis de glicose no sangue. Essa abordagem multifacetada resultou em uma perda de peso superior às opções atualmente disponíveis no mercado, além de controlar efetivamente a diabetes tipo 2.

Embora os resultados sejam promissores, os especialistas ressaltam a importância de avaliar os efeitos a longo prazo e considerar questões como o custo do tratamento. Efeitos colaterais identificados incluem náuseas, diarreia e aumento da frequência cardíaca, entre outros. Enquanto a retatrutida representa um avanço significativo no tratamento da obesidade, sua viabilidade como substituto à cirurgia bariátrica dependerá de futuras análises e considerações sobre seu custo e efeitos a longo prazo.


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