Retiradas líquidas da poupança chegam a R$ 7,72 bilhões em setembro
Saques são os maiores da série histórica para o mês

Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
A alta inflação e o fim do auxílio emergencial cada vez mais próximo, fizeram com que a poupança - aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros - registrasse o segundo mês seguido de retiradas. No mês de setembro, os brasileiros sacaram R$ 7,72 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou o Banco Central (BC) nesta quarta-feira (6).
Essa foi a maior retirada líquida já registrada para os meses de setembro desde o início da série histórica, em 1995. Na comparação mês a mês, os saques foram os maiores desde janeiro deste ano, quando tinham superado os depósitos em R$ 18,15 bilhões.
Com o desempenho de setembro, a poupança acumula retirada líquida de R$ 23,35 bilhões nos nove primeiros meses do ano. Essa é a maior retirada acumulada para o período desde 2016, quando as retiradas superaram os depósitos em R$ 50,54 bilhões.
No ano passado, a poupança tinha captado R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica. Mas isso foi causado pelo depósito do auxílio emergencial nas contas poupança digitais ao longo de oito meses em 2020, a instabilidade no mercado de títulos públicos nas fases mais agudas da pandemia da covid-19 que atraiu o interesse na poupança, mesmo com a aplicação rendendo menos que a inflação.