Ricardo Barros diz que reformas são essenciais para retomada do desenvolvimento econômico pós-pandemia
Segundo o líder da Câmara, em 2021 haverá grandes avanços na pauta de privatizações

Foto: Agência Brasil
O líder do Governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), defendeu nesta quinta-feira (22), a importância da aprovação das reformas Tributária e Administrativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para permitir no cenário pós-pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, a retomada do desenvolvimento econômico, o aumento da competitividade da indústria nacional e a construção de um Estado mais leve e eficiente para os contribuintes.
Além disso, ele lembrou que após as eleições municipais serão apresentadas ao Congresso Nacional as propostas que tiverem o apoio dos líderes partidários. Segundo ele, a partir de fevereiro de 2021 haverá grandes avanços na pauta de privatizações. Ainda de acordo com Barros, o momento é favorável: "Nós temos um momento positivo, pois o Congresso é reformista. As reformas são patrocinadas pelo presidente Bolsonaro, mas não interessam apenas ao Governo, e sim a todo o Brasil. Estamos criando um ambiente de avanço”, disse.
Barros participou nesta quinta (22), da live "Indústria em debate: o que fazer para o Brasil voltar a crescer”, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a revista Exame.
Ainda no evento, Barros disse que a Reforma Administrativa tornará o Estado brasileiro mais leve e eficiente, com a possibilidade de demitir os servidores que não tiverem o desempenho adequado e de premiar os que trabalham melhor, o que não é possível hoje.
"A máquina pública brasileira custa 13% do PIB, e apenas de 5% a 9% em outros países. O Brasil foi abduzido pelas corporações. Precisamos enfrentar esse problema e não vamos avançar se não tivermos comprometimento, de quem opera o serviço público, com os resultados para a população", afirmou.
Já a Reforma Tributária, de acordo com o líder do Governo, trará simplificação dos impostos e possibilidade de desoneração da folha salarial, para estimular a geração de empregos. "É vontade do Governo diminuir o imposto das empresas e passar a cobrar quando se retira da empresa e leva para a pessoa física. A ideia é reduzir o imposto da pessoa jurídica, porque nela o capital está rendendo trabalho e geração de divisas”, afirmou. "Não tem aumento de carga tributária: muda-se a forma de tributar para uma modalidade mais justa e interessante”, acrescentou.
Acordos
Barros disse também que todos os setores envolvidos na discussão das reformas terão de ceder um pouco para o Brasil poder avançar, pois o momento é de desprendimento e grandeza. “Estou consultando os líderes da Câmara e do Senado para ver quais dessas propostas têm adesão, e vamos apresentar aquilo que tivermos base para aprovar. A nova ordem da articulação política é: combina primeiro e anuncia depois, para não haver contratempos. Assim, damos tranquilidade à sociedade, pois ela sabe que o anúncio se tornará uma realidade”, disse.
Ele falou, também, sobre a importância de equalizar a tributação dos diversos setores da economia, eliminando distorções que foram conquistadas, no passado, de forma corporativista por determinados segmentos. "É preciso enfrentar as distorções, para equilibrar e incentivar a indústria a ser competitiva. Se não, todos vão só trabalhar com marcas e patentes e produzir tudo no exterior para trazer ao Brasil. Esse processo deve ser revertido", alertou.