Risco de mortalidade é duas vezes maior entre crianças com sífilis congênita, aponta estudo
Levantamento acompanhou dados de mais de 20 milhões de crianças nascidas no Brasil entre 2011 e 2017

Foto: Agência Brasil
Um estudo publicado na PLOS Medicine, no dia 7 de abril, aponta que o risco de mortalidade para crianças com Sífilis Congênita (SC) é duas vezes superior ao das crianças sem a doença. As manifestações incluem baixo peso, prematuridade, alterações respiratórias, secreção nasal com sangue, icterícia e anemia.
O levantamento acompanhou dados de mais de 20 milhões de crianças nascidas no Brasil entre 2011 e 2017, registrando 93.525 casos de Sífilis Congênita no período, sendo 46,9% responsáveis por mortes de crianças, com riscos mais baixos entre crianças com mães tratadas adequadamente.
A incidência da doença tem crescido no Brasil, com 27.019 casos identificados somente em 2021. O alto índice de Sífilis Congênita é indicativo de falhas na rede de assistência, visto que o diagnóstico da infecção na gestante e o tratamento adequado durante o pré-natal poderiam evitar a transmissão vertical. O estudo aponta ainda que o problema tem atingido principalmente a população mais vulnerável.