RJ registra aumento de mortes de vacinados com duas doses da vacina contra a Covid-19
A quantidade de óbitos de pessoas com as duas doses supera as de uma dose só
Foto: Reprodução/Banco de Imagens
Segundo dados da Secretaria estadual de Saúde, divulgados nessa sexta-feira (20), o Rio de Janeiro registrou um aumento no número de óbitos de idosos com esquema vacinal completo. Na 22ª semana epidemiológica de inícios de sintomas, a quantidade de mortes de pessoas com as duas doses ultrapassa as de quem tomou uma dose só.
O secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, ressalta que as projeções representam um "alerta".
"É uma tendência, um sinal de alerta. O óbito em pessoas vacinadas cai com uma dose e depois os óbitos em pessoas com duas doses têm um aumento discreto recente. A gente chega a duas conclusões: o fator de risco para adoecimento é a idade e o fato de ter duas doses nas últimas projeções já mostra um enfraquecimento da proteção."
Nas últimas duas semanas, 29ª e 30ª, o número de óbitos apresentou uma leve redução no estado.
Chieppe analisou a possibilidade da aplicação de uma terceira dose da vacina e ressaltou que, apesar da possível queda na proteção, a vacina se mostrou eficaz.
"(O gráfico) mostra a eficácia da vacina. Esse aumento (no número de óbitos) pode já sinalizar tendência de queda de proteção, mas não há dúvida nenhuma de que a vacina se mostrou extremamente eficaz (...), indica uma possibilidade (de terceira dose). A Secretaria estadual de Saúde está preocupada com a situação vacinal dos idosos, está juntando informações para fornecer ao Ministério da Saúde, mas a tomada de decisão, no nosso entendimento, deve ser do ministério. A gente vem apresentando esses dados e fazendo conversa via Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).", disse.
Em entrevista ao Voz do Brasil na última quinta-feira (19), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou a possibilidade da aplicação de uma terceira dose do imunizante contra a Covid-19 apenas quando o país alcançar 75% de vacinados com as duas doses.
"É provável que haja necessidade de uma terceira dose, mas só vamos avançar na terceira dose quando houver a população vacinada com as duas doses. Falei que 75% da população brasileira em outubro estaria vacinada com a segunda dose. Então, esse seria mais ou menos o prazo, mas espero também dados de uma pesquisa que o Ministério da Saúde encomendou para tomar a melhor decisão, baseada em evidências.", disse.
