Ruas sem árvores, sem calçada e sem rampas para cadeirantes: IBGE aponta desigualdades significativas nas favelas de Salvador
Áreas de favelas apresentaram desvantagens em quase todos os itens investigados

Foto: Divulgação/TVBrasil
Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou desigualdades significativas na infraestrutura urbana das favelas e comunidades. Entre elas está a ausência de calçadas, árvores, rampas para cadeirantes e muitos outros. O IBGE identifica como favela ou comunidades urbanas através da predominância de domicílios com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse.
O Censo Demográfico de 2022 indicou que 8 em cada 10 pessoas moram em vias onde não há uma árvore sequer, que corresponde a 80,3% . Entre quem morava fora de favelas, a proporção é de 54,7%. Outro problema identificado nas favelas da capital baiana é a ausência de calçadas/passeios em 7 de cada 10 habitantes (67,6%). Fora das comunidades, esse número cai para 25,6%.
Os bueiros ou bocas de lobo não estavam presentes nas vias onde morava pouco mais da metade da população de favelas soteropolitanas (52,9%), frente a 38,7% da população fora de favelas. As rampas para cadeirantes existiam nas vias onde moravam apenas 0,7% da população das favelas soteropolitanas, frente a 11,7% das pessoas que moravam fora das favelas, que equivale a quase 17 vezes a registrada nas favelas.
Apesar da população das favelas se mostrar em desvantagem em comparação às áreas fora das favelas, as duas realidades se aproximam no caso de existência de ruas pavimentadas, iluminação pública e ausência de vias sinalizadas para bicicletas e pontos de ônibus/vans.


