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Rui Costa critica Campos Neto e diz que BC não precisa de novo marco fiscal para cortar juros

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Rui Costa critica Campos Neto e diz que BC não precisa de novo marco fiscal para cortar juros

Ministro da Casa Civil insinuou que presidente do Banco Central não tem independência em relação ao mercado

Por Da Redação
Rui Costa critica Campos Neto e diz que BC não precisa de novo marco fiscal para cortar juros
Foto: Agência Brasil | Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou nesta quarta-feira (22), dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará a nova taxa básica de juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e insinuou que ele não tem independência em relação ao mercado financeiro.

“O que o presidente do BC está fazendo é um desserviço à nação brasileira”, disse Costa, em conversa com um grupo de jornalistas, no Palácio do Planalto. “A economia está asfixiada, o comércio está asfixiado. Não é explicável a posição do BC de insistir em uma taxa tão exorbitante”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sinalizado que apresentaria a proposta de novo arcabouço fiscal antes da reunião do Copom. Esse movimento era esperado como forma de dar mais conforto ao Copom para indicar, pelo menos, um eventual corte da Selic nas reuniões seguintes — em maio e junho.

Costa, no entanto, preferiu dissociar as duas ações. “Ele [Campos Neto] não precisa de um novo marco fiscal. Me desculpe, não precisa”, afirmou o ministro da Casa Civil, frisando que a inflação já caiu desde que o BC elevou a Selic para 13,75% e que o Brasil hoje tem uma das maiores taxas reais de juros no mundo.

“O que justifica estarmos com a mesma dose de remédio? [O país] estava com uma febre de 40°, hoje está com um estado febril de 36,7°”, comparou.

Em seguida, Costa mencionou as restrições impostas pela Lei das Estatais para a nomeação de políticos ou dirigentes partidários e citou o voto do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a atual quarentena imposta pela legislação. O ministrou passou, então, a alternar comentários sobre a Lei das Estatais e sobre a independência do BC.

“Toda vez que se fala em instituição pública independente, a gente tem que se perguntar: independente do quê e de quem?”, questionou. “Nos países em que se adota isso, é levado ao pé da letra: independente do governo e independente do mercado", acrescentou.

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