Rui Costa vira principal suspeito de vazar conversa constrangedora entre Lula, Janja e Xi Jinping, diz colunista
Integrantes da comitiva de Lula desconfiam do ministro devido a um histórico de embates entre ele e a primeira-dama

Foto: Agência Brasil
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), é o principal suspeito de ter vazado a conversa entre o presidente Lula (PT), a primeira-dama Janja da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, no encontro realizado na terça-feira (13). Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, integrantes da comitiva do presidente afirmam que o baiano já possui um histórico de bombardear Janja nos bastidores.
Além do histórico, a coluna pontua que o ministro, no início do governo Lula, vazou a informação de que a Casa Civil impediu a compra de móveis que Janja havia escolhido para compor o Palácio da Alvorada.
À coluna, integrantes da comitiva também pontuaram que os outros ministros que estavam no jantar não teriam perfil nem coragem para vazar a conversa.
O vazamento
Segundo relatos feitos ao G1, no encontro com o presidente chinês, a primeira-dama teria pedido a palavra para falar sobre como a rede social chinesa TikTok resultou em efeitos "nocivos" para o Brasil. Para ela, o algoritmo da plataforma favorece a direita no país.
A fala de Janja causou um constrangimento e foi interpretada pela primeira-dama da China, Peng Liyuan, como "desrespeitosa em relação ao presidente Xi Jinping".
Durante uma coletiva de imprensa na terça-feira (13), Lula confirmou o episódio com o líder chinês, mas afirmou que a pergunta partiu dele. "Eu que fiz a pergunta, não foi a Janja", disse o presidente.
"Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança dele para a gente discutir a questão digital e, sobretudo, o Tik Tok. E aí a Janja pediu a palavra para explicar o que estava acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e contra as crianças. Foi só isso", continuou.
Na coletiva, Lula demonstrou ter ficado incomodado com o vazamento da conversa. "Alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que teve num jantar em que era uma coisa muito, mas muito confidencial", exclamou.
Ele também defendeu a primeira-dama. "O fato de a minha mulher pedir a palavra é porque a minha mulher não é cidadã de segunda classe. Ela entende mais de rede digital do que eu e resolveu falar", pontuou.