Rui diz que busca ajuda internacional para resolver falta de oxigênio em municípios da Bahia
Governador atribuiu a situação à estrutura das unidades de saúde do interior

Foto: Divulgação | Camila Souza/GOVBA
O governador Rui Costa afirmou nesta quarta-feira (17), que busca ajuda internacional para resolver a falta de oxigênio em municípios no interior da Bahia.
Recentemente, o prefeito de Queimadas, no nordeste da Bahia, André Andrade (PT), divulgou um vídeo em que relatou a dificuldade em fornecer oxigênio para pacientes com a covid-19.
Questionado sobre a situação, Rui alegou que a falta de oxigênio se dá por causa da estrutura das unidades de saúde no interior do estado e atribuiu a dificuldade no abastecimento devido à distância entre as cidades e o centro de abastecimento, que fica em Feira de Santana.
"A maioria dos hospitais municipais são de pequeno porte e muitos deles nem fazem cirurgia, são mais pacientes clínicos, portanto eles têm lá 10, 5 cilindros de oxigênio, um consumo muito baixo. Na hora que eles botam pacientes covid, o consumo explode e não tem muitas vezes como abastecer porque às vezes o município está a 200 quilômetros do lugar que abastece, com, no mínimo, duas horas para ir e duas para voltar", pontuou Rui.
O governador disse que o Governo da Bahia tem feito a transferência dos pacientes do interior para os hospitais estaduais e que tem procurado a ajuda das embaixadas da Alemanha, Itália e França para fornecer equipamentos para auxiliar no abastecimento dos cilindros de oxigênio nas cidades.
"Nós estamos tentando conseguir uma usina de oxigênio para abastecer essas situações mais remotas. Na rede estadual, não temos problema [...] Todos hospitais nossos têm grandes reservatórios. O problema está nessas pequenas unidades de saúde que nunca utilizaram esse volume de oxigênio, portanto, eles não têm nem onde armazenar. [...] Estamos tirando os pacientes dessas unidades para trazer aos hospitais estaduais e estamos buscando uma solução. Estamos tentando ou conseguir fornecedor nacional ou tentar fornecedor internacional. Estamos pedindo ajudas às embaixadas da Alemanha, França, Itália e da Espanha para ver quem tem algum equipamento que possa fornecer em pronta-entrega", pontuou.