Saiba como funciona o Colégio Eleitoral dos Estados Unidos
Mecanismo que escolher o presidente do país está em vigor desde 1787

Foto: Reprodução/Terraço Economico
Em 2016, o então "outsider" Donald Trump se tornou presidente dos Estados Unidos ao superar Hillary Clinton. Apesar da candidata do partido Democrata ter recebido quase três milhões de votos a mais que o candidato do partido Republicano. Entretanto, ao vencer por estreita margem em estados decisivos, Trump conseguiu reunir os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para chegar à Casa Branca.
A necessidade de um Colégio Eleitoral
Os 538 integrantes do Colégio Eleitoral se reúnem nas respectivas capitais de seus estados a cada quatro anos após a eleição para designar o vencedor. Para vencer, um candidato à presidência deve obter a maioria absoluta dos votos do colégio (270). O sistema está em vigor desde a Constituição de 1787, que estabelece as regras da eleição presidencial indireta com apenas um turno.
Os pais fundadores dos Estados Unidos consideravam o mecanismo um compromisso entre uma eleição do presidente pelo voto universal direto, que poderia levar os estados mais populosos a prevalecer sobre os demais, e uma eleição por parte do Congresso, considerada na época pouco democrática.
Os integrantes
Na maioria, os 538 integrantes são legisladores locais e líderes estaduais de seus partidos, mas os nomes nunca aparecem nas cédulas de votação. Grande parte deles é desconhecida da opinião pública. Cada estado tem o mesmo número de votos no Colégio Eleitoral que de legisladores na Câmara de Representantes (um número que depende de sua população) e no Senado (dois para cada estado, independente do tamanho).
A Constituição deixa aos estados a decisão de como designar os votos no Colégio Eleitoral. Com exceção de dois estados (Nebraska e Maine), o candidato que obtém a maioria dos votos populares teoricamente leva todos os grandes eleitores.