Saiba o que é a rebelião de Stonewall e por que ela é importante para o movimento LGBT
Com a invasão de policiais, público gay uniu forças para impedir qualquer tipo de interferência

Foto: Reprodução
Em 28 de junho de 1969, a polícia de Nova York fez uma batida no bar Stonewall Inn, com o pretexto de interromper a venda de bebidas no estabelecimento, que era de propriedade da máfia. O local tinha janelas escurecidas, paredes pintadas de preto e um porteiro que examinava dos clientes através de um olho mágico.
No estabelecimento, também tinha uma pista de dança popular, no qual atraía um público diversificado, mas no geral eram jovens e LGBTs.
Era comum a polícia abusar de clientes gays, mas naquela madrugada, os patrões e o público de Stonewall decidiram reagir. Na obra "Stonewall: Os motins que desencadearam a revolução gay", o historiador David Carter revela detalhes sobre esse dia. Moedas, latas de cerveja e até garrafas foram atiradas contra os policiais.
Em um momento, a multidão ficou ainda mais unida e se protegeram com tijolos, garrafas de combustíveis e latas de lixo. Segundo o historiador descreve, a polícia ficou surpresa, não apenas com a rapidez com que a multidão havia crescido, mas com o fato de homossexuais, normalmente aquiescentes, estarem em força, gritando "Poder gay!"
Nessa época, ser gay era ilegal e as leis anti-discriminação não existiam, no entanto, o local era um território relativamente para todos os públicos: lésbicas, "butch", drag queen, mulheres transexuais negras e claro, homens gays, etc.
Foi a partir desta rebelião que os LGBTs decidiram a recusar abaixar a cabeça e aos poucos a comunidade começou a ficar cada vez mais motivada a buscar espaço na sociedade, o direito e ir e vir sem precisar ser agredido.