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Saldo negativo da Previdência já acumula R$ 484,4 bilhões desde 2020, mesmo após 2 anos de reforma

O número representa um aumento de 18,6% em relação aos dois anos anteriores

Por Da Redação
Ás

Saldo negativo da Previdência já acumula R$ 484,4 bilhões desde 2020, mesmo após 2 anos de reforma

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Reforma da Previdência completa dois anos neste mês, mas o déficit registrou crescimento nesse período. A pandemia da Covid-19 tem impacto direto entre a arrecadação e o total de benefícios. O saldo negativo do período cresceu 18,615. Em números reais, a Previdência registrou ficou com déficit de R$ 259,1 bilhões em 2020, e nos nove primeiros meses deste ano apontou rombo de 225,3 bilhões. 

O saldo negativo já acumula R$ 484,4 bilhões nesses dois últimos anos e supera, em termos nominais, o total do déficit registrado nos dois anos anteriores à reforma. As informações se referem ao RGPS (Regime Geral de Previdência Social), sistema voltado aos trabalhadores do setor privado, e constam do Boletim Estatístico da Previdência Social.

A diminuição da arrecadação e o aumento da despesa com a antecipação do 13º salário do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) são consideradas as principais causas do rombo financeiro. A antecipação do 13º salário foi uma medida determinada pelo governo federal para diminuir os efeitos da Covid-19 entre os aposentados e pensionistas. Também foi antecipado o pagamento do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e do auxílio-doença.

O pagamento dessas parcelas, que geralmente ocorre nas folhas de agosto e de novembro, provocou aumento da despesa no primeiro semestre. Mas o Ministério do Trabalho e Previdência acredita que isso não acarretará efeitos no exercício de 2021 como um todo.

"A reforma aprovada em 2019 trouxe avanços importantes para a sustentabilidade a médio e longo prazos da Previdência Social e na convergência e equidade entre o Regime Geral de Previdência Social (INSS) e o regime próprio dos servidores públicos federais", afirma o ministério em nota.

A pasta admite que o principal objetivo da reforma era permitir um ritmo mais contido de crescimento da despesa previdenciária e, consequentemente, evitar um incremento explosivo dos déficits previdenciários, como vinha ocorrendo há algumas décadas.

No entanto, os números do ano passado e deste ano indicam um caminho contrário ao previsto durante a implementação da reforma. Mas o ministério ressaltada, de forma contumaz, que "há a projeção de uma economia expressiva a médio e longo prazo, bem como a estabilidade da despesa previdenciária do RGPS em porcentagem do PIB durante a década de 2020", conclui a nota do ministério.

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