São Paulo cancela Carnaval de rua após avanço da Ômicron
Desfiles no Sambódromo do Anhembi, no entanto, estão mantidos

Foto: Divulgação
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta quinta-feira (6) o cancelamento do carnaval de rua por causa do avanço da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, na cidade. Apesar do cancelamento da festa, Nunes manteve os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, que devem acontecer nos dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro. Atualmente, o município enfrenta a chegada da variante Ômicron e uma epidemia de gripe.
"Por conta da situação epidemiológica, está cancelado o Carnaval de Rua de São Paulo. Nós vamos sentar com a Liga das Escolas de Samba para combinar um protocolo para a realização dos desfiles no sambódromo. Caso eles aceitem os protocolos, os desfiles serão mantidos", disse o prefeito.
O Centro de Contingenciamento do Coronavírus de São Paulo disse na última quarta-feira (5), em entrevista coletiva, que auxilia o governo do estado nas decisões relacionadas à pandemia e desaconselhou a realização do carnaval neste ano por causa do avanço da variante Ômicron, mas ressaltou que a decisão cabia a cada prefeito.
"O carnaval pode ser analisado em dois aspectos. O primeiro são os desfiles de escolas de samba, em que a situação é parecida com a dos estádios de futebol, em que há possibilidade de controle, exigindo que todos estejam vacinados e que continuem usando máscaras. No carnaval de rua, não temos como fazer o controle, pois fica liberada a participação de todos, não tem como verificar a vacinação, e a aglomeração é imensa. É impensável manter o carnaval nessas condições", disse ontem o secretário executivo do Centro de Contingenciamento, João Gabbardo.
Sobre os desfiles de carnaval, Gabbardo destacou que é preciso pensar que as pessoas que chegam para assistir, para participar, vão se aglomerar no trem, no ônibus. “E isso é um risco muito alto.”