"Se ficar 30 dias em lockdown e acabar com vírus, eu topo, mas não vai acabar", diz Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar nesta segunda (22) as políticas de fechamento de serviços não-essenciais (lockdown) adotados em alguns estados para conter as contaminações pelo novo coronavírus. De acordo com o presidente, ele ainda não foi convencido da eficácia da medida contra a pandemia. "Se ficar 30 dias em lockdown e acabar com vírus, eu topo, mas não vai acabar", frisou Bolsonaro que destacou que a única consequência do lockdown seria deixar os pobres, mais pobres.

Bolsonaro ainda disse que "parece que só no Brasil está morrendo gente" e que não sabe quando a pandemia vai acabar e "se vai acabar um dia", citando a situação da Itália que entrou na terceira onda de contaminações. De acordo com o presidente, ainda não há cura para a Covid-19 e é preciso lutar contra a pandemia e não contra o presidente. "Vamos destruir o vírus e não atacar o governo", pediu e ponderou que não pode continuar politizando a questão.

Bolsonaro afirmou querer "mais vacinas", mas reforçou que faltam imunizantes no mundo todo. Sobre a troca de ministro no ministério da Saúde, elogiou o trabalho de Eduardo Pazuello, que ainda está à frente da Pasta e disse que o cardiologista Marcelo Queiroga, que aceitou o convite para o cargo, vai voltar muito mais a atuação para a "questão da medicina".