Secretário-geral da Otan afirma que ascensão da China é um desafio
Organização busca aliados no Pacífico

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O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, afirmou na segunda-feira (8), que a ascensão da China se tornou um desafio e assegurou que a aliança militar vai fortalecer sua associação com países da região do Pacífico como Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul. "A Otan não vê a China como o novo inimigo ou adversário. Mas vemos que a ascensão da China muda o equilíbrio global de poder", disse Stoltenberg.
O secretário também comentou sobre a corrida pela supremacia econômica e tecnológica. "(A ascensão da China) Multiplica as ameaças para as sociedades abertas e liberdades individuais e aumenta a competição sobre nossos valores e nossa forma de vida", disse. Ele afirmou que, durante os próximos dez anos, a Otan deve trabalhar ainda mais com países de mentalidade parecida como Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul para "defender as normas e instituições globais que nos mantiveram durante décadas".
A Otan é formada por 29 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Canadá. Stoltenberg disse que a organização lançou um grupo de trabalho com especialistas, Estados-membros, o setor público, o privado e líderes jovens para avaliar como enfrentar os desafios do futuro. "Devemos seguir fortes militarmente mas ainda mais unidos politicamente e ter um foco cada vez mais amplo no nível global", disse, pedindo vontade política de usar a Otan como uma plataforma entre a Europa e a América.
Stolterberg pediu ainda trabalho conjunto para reforçar a resiliência das sociedades e das economias para assegurar que "não importemos vulnerabilidades na nossa infraestrutura crítica, nas indústrias e nas cadeias de fornecimento". Ele lembrou que, após a Guerra Fria, os Estados Unidos diminuíram sua presença militar, mas nos últimos anos houve um aumento, ao responder sobre o suposto plano do presidente Donald Trump de retirar 9.500 tropas de bases na Alemanha.