Segundo dia do julgamento do incêndio na boate Kiss acontece nesta quinta-feira
No total, cinco sobreviventes devem depor

Foto: Reprodução/Twitter
O segundo dia do julgamento dos quatro réus acusados de serem os responsáveis pelo incêndio na boate Kiss, que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos, será retomado nesta quinta-feira (2). Na parte da manhã, devem ser ouvidos Emanuel Almeida Pastl e Jéssica Montarão Rosado. À tarde, o júri deve interrogar a testemunha de acusação Miguel ngelo Teixeira Pedroso e, na sequência, Lucas Cauduro Peranzoni, Érico Paulus Garcia e Gustavo Cauduro Cadore.
O primeiro dia de julgamento dos acusados pelo incêndio começou na quarta-feira (1°) com o sorteio dos jurados, sendo seis homens e uma mulher, no Foro Central de Porto Alegre. O júri ocorre na capital gaúcha a pedido de um dos réus, que alegou possível parcialidade dos jurados, caso a sessão ocorresse em Santa Maria, cidade onde ocorreu a tragédia em janeiro de 2013.
Os primeiros depoimentos foram marcados por momentos de tensão e choro. Um desses momentos ocorreu na chegada do produtor musical Luciano Bonilha, de 43 anos. Abalado ao subir as escadas do prédio, o músico disse à imprensa, aos gritos: “Eu não sou assassino”.
Outro momento aconteceu ao longo do depoimento da vítima Kátia Giane Pacheco Siqueira. A ex-funcionária disse ao juiz Orlando Faccini Neto que desmaiou e acordou depois de 21 dias em um hospital de Porto Alegre. “Eles falaram que iam tentar me desentubar de novo e que, caso eu não resistisse, iam me deixar morrer”, contou.
O depoimento da primeira testemunha, a ex-funcionária Kátia Giane Pacheco Siqueira, durou cerca de quatro horas. Ela foi questionada a respeito de questões técnicas sobre a estrutura da boate, lotação e sinalização do espaço no dia do incêndio. Ela foi a primeira testemunha ouvida pelo Tribunal do Júri e disse à promotora Lúcia Helena Callegari que espera que os quatro réus sejam condenados.