Seleção bate Uruguai em Montevidéu e segue 100% nas Eliminatórias

O Brasil segue com 100% de aproveitamento nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. No último jogo do ano, na noite desta terça-feira (17), a Seleção bateu o Uruguai por 2 a 0 no estádio Centenário, em Montevidéu, em confronto válido pela quarta rodada do torneio. Com resultado, equipe brasileira mantém tabu de 20 anos sem ser derrotada pela Celeste Olímpica e, permanece isolada na liderança, com 12 pontos somados. Já o Uruguai fica em quarto lugar, com seis pontos.

Durante a primeira etapa o que foi notado foi um jogo truncado e de muita marcação. Houve muita movimentação de ambos os lados, mas com poucas construções de jogadas. Muitas trocas de passes, mas pouca qualidade técnica em campo.

A primeira boa chance da Seleção aconteceu logo aos dois minutos, quando Gabriel Jesus recebeu belo lançamento pelo lado esquerdo, entrou dentro da área e chutou cruzado, mas o goleiro Campaña conseguiu fazer boa defesa.

O Uruguai não demorou para responder e também levou perigo. Após boa troca de passes, Núñez em jogada individual, deixou Danilo no chão com corte e encheu o pé, mas a bola bateu no travessão de Éderson.

Com poucas emoções ao longo do jogo parecia ser certo que as duas equipes iriam para o intervalo sem gols, mas não foi o que aconteceu.

Aos 32 minutos, após cruzamento de Danilo para pequena área, Gabriel Jesus dominou e ajeitou para Arthur, que de fora da área, cortou a marcação e bateu pro gol, a bola desviou na zaga celeste e enganou o goleiro Campaña, indo morrer no fundo das redes.

O gol deu uma confiança a mais para a Seleção, que quase ampliou o placar pouco tempo depois.

Aos 34 minutos, Arthur, que já tinha marcado, resolveu tentar ser garçom e deu lindo lançamento para Firmino, que avançou para dentro da grande área e finalizou cruzado, mas fraco, facilitando a defesa de Campaña.

A Seleção não vinha fazendo uma partida de encher os olhos, mas conseguia manter o bom nível de eficiência nas finalizações que teve na direção do gol, graças a isso que conseguiu ampliar o marcador.

Aos 45 minutos, após cobrança de escanteio curta de Éverton Ribeiro, Renan Lodi ficou com a posse de bola e levantou para dentro da grande área para Richarlison, livre de marcação, testar de cabeça para as redes de Campaña. Era o segundo da Seleção.

A Seleção ainda levou um susto já nos acréscimos. Aos 48 minutos, Delacruz, em cobrança de falta jogou a bola para área, e Godín subiu mais alto que os defensores brasileiros, cabeceando a bola no travessão. Foi a última chance clara de gol antes do intervalo.

A partida teve poucas emoções na segunda etapa. Com a Seleção já com resultado encaminhado e o Uruguai sem ser uma equipe ameaçadora, o confronto ficou pouco movimentado e até sonolento em determinadas ocasiões.

O lance que mais chamou atenção na etapa final só foi ocorrer aos 26 minutos, e nem foi por lance de perigo, e sim pela expulsão de Cavani, após entrada dura em Richarlison. Inicialmente o árbitro tinha dado o cartão amarelo para o atacante uruguaio, mas após consulta ao VAR, substituiu a decisão pelo vermelho.

Sem emoções e com jogo morno, o placar não foi novamente alterado. A Seleção conseguiu engatar o quarto triunfo consecutivo nas Eliminatórias para Copa de 2022 no Catar, encerrando o ano em grande estilo.

A próxima partida da Seleção Brasileira agora será no dia 25 de março, quando encara a Colômbia, ainda em estádio indefinido, mas fora de casa. Já o Uruguai joga o clássico com o Uruguai no mesmo dia, também sem local definido.

Análise da Seleção na partida

O Brasil mais uma vez deixou a desejar em futebol jogado. A equipe venceu com propriedade, pouco sofreu, mas não teve boa atuação tecnicamente. A vitória foi alcançada graças a eficiência no quesito de finalizações e da já costumeira consistência defensiva que o time possui. O melhor das Eliminatórias até o momento, com apenas dois gols sofridos. 

Apesar de ser um time bem postado defensivamente, a Seleção ainda se mostra muito frágil no setor de meio campo e ataque. O que se vê é um time com pouca capacidade para organizar jogadas, o que sobrecarrega o trabalho dos atacantes, pois eles precisam recuar muito para tentar buscar a bola, se tornando um trabalho exaustivo, não explorando as qualidades individuais que cada um tem, podendo contribuir melhor para o desempenho da equipe.

No momento a Seleção vence sem convencer, mas vence. No último jogo do ano, o time deixa a impressão de que precisa evoluir para voltar a ser competitiva. Tempo para melhorias Tite terá para ajustar o time. Qualidade individual o time tem, coletiva não.