Sem citar fonte, Maduro diz que 82% dos venezuelanos pegariam em armas para defender o país
O presidente Donald Trump afirmou também nesta quinta-feira que os esforços dos Estados Unidos para deter narcotraficantes venezuelanos "em terra" começarão "muito em breve"

Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira (27) que 82% dos venezuelanos estão dispostos a pegar em armas para defender o país, e que 94% dizem apoiar "esforços de paz" em curso, sem, contudo, citar a quais pesquisas ou levantamentos se referia.
"Mais de 94% apoiam os esforços de paz em curso, e números gigantescos, nunca vistos antes, [mostram que] 82% dos venezuelanos dizem estar dispostos a defender sua pátria sagrada com as armas em suas mãos", disse o autocrata durante evento de comemoração da dos 105 anos da Força Aérea Bolivariana e de 33 anos de tentativa de golpe realizada por militares após a prisão de Hugo Chávez, em 1992, também por tentar tomar o poder à força.
"Este é o resultado de uma conjuntura histórica intensa. Esse número das pesquisas não é estatística. Para nós, é um mandato histórico para defender a pátria e garantir a vitória", afirmou ele.
O presidente Donald Trump afirmou também nesta quinta-feira que os esforços dos Estados Unidos para deter narcotraficantes venezuelanos "em terra" começarão "muito em breve", em meio a tensões com Caracas. O regime que acusa o americano de usar a campanha suposta antidrogas para tentar derrubar o ditador Nicolás Maduro.
"Quase paramos [o narcotráfico], 85% dele foi interrompido por via marítima", disse Trump em uma videoconferência de seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, também sem apresentar fonte ou evidências. "E também começaremos a detê-los em terra. É mais fácil em terra, mas isso começará muito em breve", acrescentou.
Washington acusa Maduro de liderar o suposto Cartel de los Soles, que foi designado como grupo terrorista na última segunda-feira. Caracas classificou a designação de uma "invenção ridícula".
Desde setembro, as forças americanas atacaram mais de 20 embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico, resultando em pelo menos 83 mortes.
Os Estados Unidos também enviaram o maior porta-aviões do mundo, o Gerald Ford, para o Caribe, acompanhado por navios de guerra e caças, que Washington afirma serem para operações antidrogas.


