Senadores apresentam plano de trabalho para a CPI da Covid-19
O plano não será colocado para votação dos membros
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Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentaram nesta quinta-feira (29) o plano de trabalho para a CPI da Covid-19, que não será colocado para votação dos membros. Trata-se de um roteiro, que começa com audiências e requerimentos de informações, e segue para investigações a partir das informações obtidas. O relator da CPI, Renan Calheiros, disse que o plano não limita as investigações, apenas sistematiza as apurações.
"A investigação é do Parlamento com poderes Constitucionais em busca da verdade. Esta CPI é completamente diferente, se nos depararmos com desvio de recurso, se for da nossa competência, nós vamos apurar. Mas essa Comissão não é para isso, é para investigar se houve omissão, se houve responsabilidade, se houve negligência do governo na condução da pandemia, esse é o fato determinado", explicou Calheiros. Os dois senadores disseram que não aceitarão interferências externas, como a apresentação de requerimentos elaborados pelo Palácio do Planalto. "Nós não vamos atuar conturbando a CPI", falou Randolfe.
Mais cedo, a CPI aprovou as convocações dos ex-ministros da Saúde que atuaram na pandemia. Na próxima terça (4), serão ouvidos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Na quarta (5) será a vez do general Eduardo Pazuello e, na quinta (6), o atual titular da Saúde, Marcelo Queiroga, será ouvido como testemunha. "Eles foram convocados para colaborar com os trabalhos", explicou Calheiros.
Além da convocação de ministros, a Comissão aprovou diversos requerimentos. Entre eles, está o que quer ouvir das farmacêuticas como foram as negociações das vacinas com o governo federal. Também há um que pede dados relacionados a um aplicativo do Ministério da Saúde que recomendava o uso de cloroquina. Especificamente sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro, foi solicitado o roteiro de deslocamento dele pelo comércio de Brasília e entorno do Distrito Federal durante a pandemia. Já quanto aos governos estaduais, eles terão que detalhar os gastos feitos para conter o vírus.
As reuniões devem ser feitas às terças, quartas e quintas, de forma semipresencial no Senado Federal.
