Senadores divergem opinião sobre caso de Chico Rodrigues

O senador tentou esconder da Polícia Federal R$ 30 mil na cueca

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Senadores divergem opinião sobre  caso de Chico Rodrigues

Foto: Agência Brasil

O constrangimento causado pelo caso do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) - que tentou esconder da Polícia Federal cerca de R$ 30 mil dentro da cueca, parte dele, entre as nádegas - mobilizou senadores para tentar separar o Senado do ocorrido. Parte dos senadores entende que o assunto tem que ser resolvido internamente e apostam no Conselho de Ética como o caminho para uma possível perda de mandato do senador, por conta de quebra de decoro parlamentar. Há também os que avaliam que a maneira mais rápida seria votar e aprovar o pedido de afastamento pedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso.

Nesta sexta-feira (16), os partidos Cidadania e Rede Sustentabilidade protocolaram uma representação no Conselho de Ética do Senado, com apoio de 13 senadores de partidos de base e oposição ao governo. Entre os que assinaram, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues, apoia as duas ações.

"O Senado não é um clube de amigos, é uma Casa Legislativa. O ministro Barroso tomou uma medida acautelatória no âmbito do processo penal, passível para qualquer investigado. O juiz dos senadores são os ministros do Supremo Tribunal Federal. A separação dos Poderes não tem espaço para acobertamento da impunidade", falou Randolfe.

Já o senador Plínio Valério (PSDB-AM) usou as redes sociais para dizer que o ministro Barroso extrapolou a sua função. "Agora ministro se acha no direito de caçar senador. O senador tem q ser processado e julgado no Conselho de Ética do Senado, órgão constitucional p isso", escreveu.

O Senado já apreciou pedidos de afastamento duas vezes desde a redemocratização. Uma do ex-líder do governo de Dilma Rousseff, Delcídio do Amaral, que foi efetivamente afastado do mandato e outra, com o então senador e hoje deputado federal Aécio Neves, que não teve a determinação confirmada na época. Ainda na quinta (15), o ministro Barroso comentou sobre o sigilo imposto ao vídeo que mostraria o senador com dinheiro na cueca. Nas palavras do ministro do Supremo, "as pessoas merecem ser punidas, mas não humilhadas publicamente".

O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o caso do então vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues. O presidente disse que o caso investigado pela Polícia Federal não tem a ver com o governo dele. Isso porque Bolsonaro falou que o governo em si é formado apenas por ministros e presidentes de estatais e bancos oficiais, e não conta com a participação de parlamentares.

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