Serviços não financeiros empregaram mais de 12 milhões de pessoas em 2018, aponta IBGE
Nordeste possuí terceira maior participação bruta nesse tipo de prestação de serviço

Foto: Reprodução/American Expert
A prestação de serviços não financeiros no Brasil movimentou R$ 1,6 trilhão em receita operacional líquida no ano de 2018, com um valor adicionado de R$ 963,8 bilhões. Uma empresa considerada não financeira, é a que apresenta como principal função a produção de bens e serviços que não envolvam dinheiro.
O setor tinha 1,3 milhão de empresas ativas, que empregaram 12,6 milhões de pessoas e pagaram R$ 353,4 bilhões em salários, aposentadas e outras remunerações, de acordo com a PAS 2018 (Pesquisa Anual de Serviços de 2018), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (27).
Entre as regiões do país, o Sudeste deteve a maior participação da receita bruta de prestação de serviços em 2018, respondendo por 63,3% do total, sendo acompanhado pelo Região Sul (15,7%), Nordeste (10,3%), Centro-Oeste (8 , 0%) e Norte (2,7%).
Crescimento
O número de empresas aumentou 1,3% em relação a 2017, com destaque para os avanços nos segmentos de atividades imobiliárias (4,0%) e outras atividades de serviços (6,8%). Por outro lado, houve redução no número de empresas voltadas para transporte e serviços auxiliares de transportes (-3,5%) e serviços de manutenção e recuperação (-2,0%).
O segmento mais empregador foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, responsável por 40,2% do total de ocupados no setor de serviços não financeiros. Os serviços prestados principalmente às famílias empregaram outros 22,8%.
Em seguida, aparecem os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com uma fatia de 19,6% dos ocupados. Os serviços de informação e comunicação concentravam 8,1% dos trabalhadores; outras atividades de serviços, 3,9%; serviços de manutenção e defesa, 3,3%; e atividades imobiliárias, 2,1%.
Estagnação
Apesar da melhora nos indicadores em relação aos dados de 2017, o IBGE lembra que o volume de serviços prestados mensurado pela Pesquisa Mensal de Serviços ficou estagnado (0,0%) em 2018. "Esses resultados obtidos que o contexto de instabilidade econômica e institucional iniciado em 2015 não foi totalmente superado pelas empresas do setor em 2018, que depende do melhoras do cenário macroeconômico, como a continuidade na diminuição do desemprego e a criação de um maior número de empregos formais , para um aumento mais expressivo na atividade ", resumiu o IBGE.