Servidor do MDR é afastado do cargos após suspeita de envolvimento em fraude
CGU aponta desvio de recursos destinados ao combate à seca

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Um servidor do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) é acusado de se envolver em um complexo esquema de desvios de recursos destinados ao combate à seca na Paraíba. Nesta quinta-feira (18), ele foi afastado do cargo por determinação da 14ª Vara da Justiça Federal da Paraíba. Além disso, o servidor também está proibido pela Justiça de acessar o edifício da pasta em Brasília.
Outros 34 investigados são alvos de mandados de busca e apreensão em cidades como João Pessoa, Campina Grande, Patos, Paulista e Pombal, na Paraíba, e em Juazeiro do Norte, no Ceará. A ação investiga obras em açudes nos municípios de Aguiar, Brejo do Cruz, Emas, Gado Bravo, Ingá, Itaporanga, Riachão do Bacamarte, Santana de Mangueira, São Bento, Alcantil, Bananeiras, Monteiro, Parari, Serra Grande e São José de Caiana, todos na Paraíba, e em Pedra Branca, no Ceará.
As investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 21,5 milhões, sendo R$ 13,3 milhões por indício de sobrepreço e R$ 8,2 milhões por superfaturamento. O órgão informou que levantou dados sobre as obras em açudes e barragens e constatou que houve irregularidades como indícios de fraudes licitatórias, direcionamentos de contratos, contratações de empresas sem capacidade operacional, execução de obras de má qualidade, existência de sobrepreço e superfaturamento.