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Setembro amarelo

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Setembro amarelo

Por Editorial
Setembro amarelo
Foto: Reprodução

A necessidade de atenção especial com o bem-estar e a saúde mental de crianças e adolescentes é o foco da quinta campanha Setembro Amarelo no Brasil. O assunto é sério e o país está na contramão do mundo: enquanto índices de suicídio caem em diversos países em todos os continentes, a taxa entre adolescentes que vivem nas grandes cidades brasileiras aumentou 24% entre 2006 e 2015, apontou uma pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), divulgada recentemente.

Salvador, aliás, é uma das seis grandes cidades brasileiras onde este índice aumentou entre jovens de 10 a 19 anos.

O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta tem razão: “a ‘barra’ está muito pesada”, disse no dia 29 de agosto, no lançamento da campanha em 2019. O Setembro Amarela lida não apenas com o suicídio, mas também com ansiedade, frustrações, bullying, conflitos entre a dualidade da vida do mundo real e o virtual etc. Controlar emoções pode – e é – um desafio enorme para muitos adolescentes, que crescem atordoados com tantas informações e tantas problematizações internas e externas.

O Setembro Amarelo, sem dúvida, é uma das campanhas mais pertinentes e incisivas, afinal, busca salvar vidas que estão por um triz. Se o Outubro Rosa incentiva o diagnóstico precoce ao câncer, como um alerta antes de um problema se agravar, o Setembro Amarelo é como uma mão alçada em direção a um corpo que, num lapso de segundo, pode desistir de existir neste mundo.

Pensamentos suicidas é um estágio avançado de uma depressão e aceitar a doença é também o início de sua recuperação. A negação é a perdição, apesar dos sutis sinais que a pessoa emite antes te retirar a própria vida. A campanha reforça e ensina como entender estes sinais e exteriorizar em forma de ajuda, oferecer conforto à dor da alma.

Assim como tantos outros problemas que implicam em dificuldades para se levantar e encarar o mundo, o suicídio é uma questão que, para ser combatida, deve ser discutida. Da nossa parte, da sociedade civil e organizada, devemos apoiar cada ação e, por que não, exigir investimentos de setores públicos e privados.

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