Setor agrícola deseja instalação de fábrica de laticínio no oeste baiano
Região produz anualmente 77,3 milhões de litros de leite

Foto: Agência Brasil
Com uma produção anual de 858 milhões de litros de leite, sendo 77,3 milhões na região oeste do estado, a Bahia consolida-se como o maior produtor de leite do Nordeste. O setor agrícola acredita que esses números justificam a instalação de uma indústria láctea no oeste do estado.
“Levar para o oeste uma estrutura de laticínios vai gerar uma maior demanda de produção de leite na região, que tem capacidade de ampliar ainda mais o que já produz, através da integração lavoura/pecuária e dos pastos sob pivôs. Isso fortaleceria toda a cadeia produtiva, pois aumentaria também o consumo de produtos agrícolas da região, culminando no desenvolvimento econômico e na geração de emprego e renda”, argumentou o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Moisés Schmidt.
Com o objetivo de atrair investidores para a região, Schmidt integrou uma comitiva do vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, João Leão, que no último fim de semana visitou a fábrica de lácteos do grupo Betânia, no Ceará.
A programação incluiu ainda uma vista técnica para conhecer a produção de leite em pastos irrigados com pivô central. Na ocasião, foram apresentadas também as potencialidades do oeste da Bahia para o segmento da pecuária.
“O oeste da Bahia é uma das maiores fronteiras agrícolas do País, desenvolvida a partir da década de 80, e que hoje atende o mercado interno e externo com uma gama de produtos diversos, que vão da soja ao algodão, incluindo milho, frutas, café e outros grãos. Se organizarmos a cadeia produtiva do setor agrícola com o setor leiteiro, podemos atingir outra dimensão. Exemplo disso é a indústria neozelandesa Leitíssimo, instalada na região, cujo leite é disponibilizado e reconhecido com um dos melhores em termos de qualidade nos estados da Bahia, Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro”, observa Schmidt.