Setor de serviços encolhe na Bahia entre 2016 e 2017, diz IBGE

Estado perdeu 2.665 empresas e empregos no ramo caíram pela terceira vez consecutiva

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Setor de serviços encolhe na Bahia entre 2016 e 2017, diz IBGE

Foto: Atividades de transportes são as que mais contribuíram para o aumento da receita bruta do setor/ Agência Brasil

O setor empresarial de serviços encolheu 5,2% na Bahia entre 2016 e 2017. Foi a segunda maior redução dentre os estados, segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2017 divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Neste período, o estado perdeu 2.665 empresas de serviços, passando de um total de 50.929 em 2016 para 48.264 em 2017. A queda porcentual (-5,2%) só foi menor que a do estado do Mato Grosso do Sul (-5,3%). Em números absolutos (-2.665) foi a terceira maior redução dentre os estados, abaixo apenas de São Paulo (-23.997 empresas) e Santa Catarina (-3.873).

Em 2017, o setor empresarial de serviços na Bahia estava 2,7% menor do que em 2014, ou seja, com menos 1.115 empresas do que havia antes do início da crise econômica. Os maiores aumentos porcentuais no país foram registrados no Amazonas (9,2%), no Ceará (9,2%) e no Pará (8,8%). Os maiores saldos positivos de empresas de serviços são os estados de Minas Gerais (+3.603 empresas), Goiás (+2.394) e Ceará (+2.261).

Empregos

O número de pessoas trabalhando em 2017 nas empresas de serviço caiu pelo terceiro ano consecutivo na Bahia, chegando a 522.423 pessoas, 2,3% a menos do que em 2016, e 9,0% a menos do que em 2014.

As empresas de serviços prestados às famílias foram as que mais fecharam as portas de 2016 para 2017, enquanto que as atividades de serviços prestados às empresas foram as que mais demitiram.

Receita

Apesar das reduções no número de empresas e de pessoal ocupado, a receita bruta dos serviços voltou a crescer na Bahia em 2017 (+5,4%), chegando a R$ 54,2 bilhões. As atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio são as que mais contribuíram para o aumento da receita bruta do setor, um avanço de R$ 2,219 bilhões entre 2016 e 2017 (+14,0%).

No entanto, entre 2008 e 2017, a Bahia foi estado que mais perdeu participação no total da receita de serviços do Nordeste, de 35,3 % para 31,2%, respectivamente. Neste período, todos os outros estados nordestinos, com exceção da Bahia e Alagoas (de 4,9% em 2008 para 4,4% em 2017), tiveram crescimento na participação de receita no setor.

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