Setor de serviços está em alta, mas pode ter recuo sem ajuda do governo federal

Em fevereiro, transportes e correio puxaram o crescimento

[Setor de serviços está em alta, mas pode ter recuo sem ajuda do governo federal]

FOTO: Reprodução/ Getty Images

O setor de serviços cresceu 3,7% em fevereiro, conforme foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem (15). Entretanto, o setor, que foi afetado pelas recentes medidas de restrição, ainda aguarda os benefícios prometidos pelo governo federal. 

A alta de fevereiro foi puxada pelas atividades de transportes e correio, o que, segundo especialistas ouvidos pela CNN Brasil, tem relação com as vendas realizadas pelo e-commerce. "É desde uma compra que utiliza estes aplicativos para entrega até compra de alimentos que utiliza aquele transporte de curta distância para fazer entrega", avalia o economista da FGV, Joelson Sampaio.

O setor de serviços é responsável por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 2020, o Ministério da Economia lançou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e o Benefício Emergencial (BEm), que paga parte dos salários dos funcionários para evitar demissões. Porém, até o momento, o programa não foi sancionado novamente. 

Segundo o Ministério da Economia, um novo programa de manutenção de emprego e renda ainda está em estudo para 2021. Sobre o Pronampe, o ministério afirma que está em tramitação no Congresso um projeto de lei que permite o uso do programa de forma permanente.

"É esperado que o resultado de março para serviços seja um resultado menor, um resultado pior do que o que a gente tem observado", prospecta Sampaio.


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