SUS oferecerá implante contraceptivo para mulheres em idade fértil a partir do segundo semestre
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a previsão é que o método chegue ao SUS a partir do segundo semestre de 2025

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Ministério da Saúde irá disponibilizar o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel, conhecido como Implanon, na rede pública. A decisão foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) na quarta-feira (2).
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a previsão é que o método chegue ao SUS a partir do segundo semestre de 2025.
O método será destinado a mulheres em idade fértil, ou seja, até 49 anos. Atualmente, o SUS garante o Implanon para mulheres com HIV/AIDS, privadas de liberdade, trabalhadoras do sexo e que estejam em tratamento de tuberculose, utilizando aminoglicosídeos.
"Agora vamos orientar as equipes, fazer a compra e orientar as Unidades Básicas de Saúde de todo o Brasil para já no segundo semestre desse ano começar a utilizar no SUS", declarou Padilha.
O Ministério da Saúde estima que, até 2026, serão distribuídos 1,8 milhão de dispositivos, 500 mil ainda neste ano. A ação conta com investimento de aproximadamente R$ 245 milhões. Atualmente, na rede particular, o preço do Implanon varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
A decisão será oficializada em portaria publicada pelo ministério nos próximos dias. Após a publicação, a pasta terá um prazo de 180 dias para efetivar a oferta, o que envolve etapas como atualização das diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do Implanon e capacitação e habilitação de profissionais.
O Implanon consiste em um bastão de plástico de 4 cm de comprimento e 2mm de diâmetro, colocado sob a pele do braço. Com 68 mg de etonogestrel, o implante libera continuamente a substância na corrente sanguínea, podendo durar até 3 anos.
O etonogestrel impede a liberação do óvulo e modifica a secreção do colo do útero, o que dificulta a entrada de espermatozoides.