Taxa sobre lápis da China gera disputa entre fabricantes locais e importadores
Decisão da Camex sobre impasse deve sair na próxima semana

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A imposição de uma taxa sobre lápis importados da China colocou em campos opostos importadores do produto e duas gigantes globais, a francesa Bic e a alemã Faber Castell. O argumento das empresas é que o preço de um dos itens mais comuns das listas de material escolar ficaria 50% mais caro caso a decisão de ampliar as taxas seja mantida.
Após o recurso dos importadores, o caso aguarda uma decisão da Câmara do Comércio Exterior (Camex), que deve decidir sobre o tema até a semana que vem. Apesar do mercado não tenha dados abertos, a estimativa é de que Bic e Faber Castell dominem atualmente de 60% a 70% das vendas e, caso a decisão de ampliar as taxas de importação for mantida, a fatia poderia chegar a 90%.
Além do recurso à Camex encabeçado pela Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), há outro que inclui um órgão de comércio chinês voltado a produtos de escrita.
A Secex disse que, na investigação, foram constatados os requisitos para aplicação das medidas antidumping. A entidade frisou que a “condução de processo administrativo de investigação antidumping assegura a todas as partes envolvidas (produtores domésticos, exportadores e importadores do produto investigado e os governos dos países envolvidos) o direito à ampla defesa e ao contraditório”.