Terceira dose contra Covid-19 produz anticorpos em 99,7% dos casos
Informação consta em estudo da Universidade de São Paulo

Foto: Agência Brasil
Um estudo feito com colaboradores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) indicou que o reforço vacinal produziu anticorpos contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, em 99,7% dos casos. No total,1.310 colaboradores participaram da análise. Segundo os responsáveis pelo estudo, o resultado significa que o grupo obteve quase 100% de resposta imune após completar todo o esquema vacinal recomendado.
O grupo de funcionários do HCFMUSP era acompanhado desde o fim do ano passado e, a partir das avaliações realizadas ao longo desse período, levando em conta as etapas da campanha de vacinação, foi observada ainda uma evolução nas taxas de soroconversão do vírus. Em novembro de 2021, antes da disponibilização das vacinas, a taxa de soroconversão de anticorpos no grupo estudado era de apenas 15,1% e exclusivamente relacionada ao contato da pessoa com o vírus.
Em fevereiro de 2021, após o mutirão para a aplicação da primeira dose da CoronaVac que ocorreu no HCFMUSP, houve um leve aumento da taxa para 28,9%. Em abril, já com a segunda dose da vacina aplicada, foi alcançada a taxa de 89,5% de soroconversão e, por fim, em dezembro, 99,7% após a dose de reforço com o imunizante da Pfizer.
A variante Delta começou a ser identificada também em julho entre funcionários do HCFMUSP, quando era 6,5% dos casos, e nos meses seguintes se tornou predominante (agosto: 79,8%; setembro: 97,4%; outubro e novembro: 100%). "Diante do aumento de número de casos da variante Ômicron no mundo, é muito importante que a população receba a terceira dose da vacina que, neste momento, é a principal medida farmacológica disponível para conter a pandemia", alerta Silvia Figueiredo Costa, infectologista do HCFMUSP e coordenadora do estudo.


