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Tia Cantu: honrada por Ayrá

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Tia Cantu: honrada por Ayrá

Confira a coluna de Adriano Azevedo neste domingo (05)

Por Adriano Azevedo
Tia Cantu: honrada por Ayrá
Foto: Arquivo pessoal

Essa Inesquecível era uma enciclopédia viva com a qual tive a honra de passar horas conversando sobre o tempo antigo. Cantulina Garcia Pacheco era o seu nome, mas todos a conheciam como Tia Cantu. Nascida em 16 de março de 1900, tia Cantu era neta de Joaquim Vieira da Silva, Obá Sanyá – um dos apoiadores para a fundação do Ilê Axé Opô Afonjá. Era filha adotiva de um Tenente do Exército, teve uma educação exemplar e muito rígida. Em 18 de junho de 1936, tia Cantu foi iniciada pelas mãos de Eugênia Anna dos Santos – Mãe Anninha, para o Orixá Ayrá, passando a ser chamada de Ayrá Tọlá – honrada por Ayrá. Após o falecimento de Mãe Anninha em 1938, tia Cantu foi morar no Rio de Janeiro com Mãe Agripina de Aganju, que - neste tempo - cumpria determinações de Mãe Anninha e ocupava o cargo de Iyalaxé do Opô Afonjá do Rio.

Anos mais tarde, tia Cantu se torna Iyakekerê da casa e, após o falecimento de Mãe Agripina em 21 de dezembro de 1966, ela se torna a terceira geração de matriarcas do Opô Afonjá do Rio de Janeiro, se tornando Iyalaxé da casa. Em 1988, por ordens de Xangô, tia Cantu retorna pra Salvador, para reocupar o cargo de Iyá Egbé – Mãe da Comunidade do Ilê Axé Opô Afonjá da Bahia, deixando o Axé do Rio de Janeiro aos cuidados de Mãe Regina de Iemanjá.  Até os dias de hoje, tia Regina lidera como uma verdadeira Rainha. Tia Cantu era uma enciclopédia viva. No vídeo-documentário “E daí Aconteceu o Encanto”, inspirado no primeiro livro de Mãe Stella, tia Cantu conta do tempo em que viveu ao lado de Mãe Anninha e de algumas passagens sobre o Candomblé da Bahia. Até das perseguições policiais, a exemplo das ocorrências com Procópio de Ogun, que era constantemente atormentado pelo temido delegado Pedrito Gordo. E, enquanto muitas pessoas liam ou assistiam sobre os contos de Jorge Amado, eu era agraciado com tais narrações diretamente da fonte. Foi numa dessas conversas que algo sobrenatural aconteceu comigo. E não é estória!

Confira a coluna na íntegra aqui
 

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